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Rio-2016 têm dúvidas sobre qual ação tomar após ataque a ônibus

Chefe da segurança aumenta patrulhamento, mas descarta batedores na região Deodoro-Barra. Diretor-executivo, não. Vítima vai à coletiva e critica procedimentos adotados

Perito observa uma das duas janelas quebradas do ônibus que levava a imprensa para a de Deodoro para Barra (Maximiliano AMENA / LA NACION / AFP)
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A Rio-2016 ainda não definiu quais as ações que fará após o ataque ao ônibus que levava jornalistas e voluntários de Deodoro para a região da Arena Olímpica nesta terça-feira  à noite. Luiz Fernando Correa, chefe da segurança da Rio-2016, confirmou o reforço do policiamento na área de Curicica, local onde ocorreu nesta terça-feira o ataque a um ônibus que transportava jornalistas e voluntários de Deodoro para a região da Arena Olímpica. Porém, disse que não irá implementar batedores para cada ônibus, além de confirmar que o vidro das janelas foram estilhaçados por lançamento de pedras e não por bala. Mas o diretor executivo de comunicação do comitê, Mário Andrade, na mesma coletiva, não descartou a hipótese.

- As informações são das autoridades públicas e estamos convictos de que foi uma pedra. Trata-se de região populosa, com histórico de ações semelhantes. Porém, o ato foi de vandalismo, provavelmente de jovens que aproveitaram a situação e fizeram um ataque de oportunidade, e não um ato de violência contra os Jogos. O procedimento é reforçar o patrulhamento ao longo da via - disse  Correa.

- O policiamento vai melhorar e tem de melhorar. Vamos tomar medidas necessárias, com o aumento do patrulhamento e outras ações. O diretor de segurança descarta a escolta e é um profissional experiente, mas as decisões de segurança são tomadas em colegiado e não tempos como saber qual a posição ideal. a ser tomada  - disse Andrada.

O ataque ocorreu próximo às 20h desta terça-feira. Após a cobertura de eventos em Deodoro, 12 pessoas jornalistas, inclusive o repórter do L! Bernardo Cruz, seguiam para o Centro de Imprensa na Barra. Em Curicica, bem próximo à Arena Olímpica, ocorreu o ataque, com dois vidros sendo quebrados. O procedimento inicial do motorista foi criticado pela jornalista americana Lee Michaelson, que estava no ônibus e foi até a coletiva de imprensa do COI e da Rio-2016 para questionar vários aspectos.

- O motorista me pareceu pouco treinado para situações de risco, o que me surpreendeu. Ele se assustou parou o ônibus quando deveria ter acelerado, o fez apenas quando pedimos. Não desligou as luzes para deixar de ser um alvo fácil. Além disso, o ônibus não tinha kit de primeiros socorros. Felizmente havia apenas um ferido, sem gravidade. Mas ele recebeu cuidados partindo de mim, que peguei minha garrafa de água para ele lavar o braço machucado e depois ofereci um lenço de papel. depois chegaram os policiais e ficaram dizendo que foi uma pedra. Mas de onde jogaram? O ônibus estava em boa velocidade, não tinha pessoas próximas. Somente se os brasileiros forem recordistas mundiais de lançamento de pedras - reclamou Michaelson, que logo foi cercada pelos repórteres de todas as partes do mundo para ser entrevistada e repetir à exaustão as suas criticas.

Mario Andrada disse que as vítimas merecem pedido de desculpas, mas rechaçou as críticas.

- Todos os motoristas foram treinados. Também há a obrigatoriedade de termos kits de primeiros socorros nos ônibus e se isso não aconteceu, houve uma falha e temos de averiguar. Porém, o principal foco não é saber se ocorreu alguma imperícia individual, alguma ação tecnicamente questionável. Nossa situação é evitar que aconteça que alguém lance pedras e corrigir este problema. A primeira medida está feita, aumentar o patrulhamento. A outra é acompanhar mais os ônibus.  

Outra questão foi o fato do ônibus ter sido periciado não no local , mas apenas no Centro de Imprensa. Para a Rio-2016, "não dava para fazer a perícia na via por onde passam os ônibus de transportes entre as Arenas. Causariam um grande transtorno"