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Ex-parceiro de Suárez tenta ir longe no vôlei de praia com saque ousado

Adrian Carambula disputa os Jogos Olímpicos pela primeira vez e vira sensação na arena de Copacabana com saque peculiar. Objetivo do uruguaio naturalizado, diz ele, é levar o ouro

(Foto: FIVB)
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A ousadia de um uruguaio naturalizado italiano já é atração do Circuito Mundial de vôlei de praia para quem acompanha o esporte de perto. No Rio de Janeiro, onde Adrian Carambula disputa os Jogos Olímpicos ao lado do parceiro Alex Ranghieri, o jogador pretende ampliar sua fama. Ele está disposto a se tornar medalhista.

Apaixonado por futebol e ex-parceiro de Luis Suárez nas categorias de base do Urreta Futbol Club, de Montevidéu, o atleta de 28 anos aplica um saque que chega a alcançar 3m de altura. É uma adaptação do “Jornada nas Estrelas”, criado pelo brasileiro Bernard, mas com outro nome: Skyball, ou “bola que vai ao céu”, em português. O diferencial é o efeito gerado no objeto.

Embora tenha marcado época nos anos 1980, o método foi deixado de lado nos torneios profissionais à medida que a modalidade evoluiu em força e alcance. Mas o “baixinho” de 1,83m, torcedor do Peñarol, resolveu incorporá-lo. Com ascensão tardia nas areias, Carambula conquistou o prêmio de novato do ano em 2015, entregue pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

– Não é um saque que treinamos, mas pode ser importante, não só para criar alguma dificuldade ao adversário, mas para retardar o ritmo de jogo do oponente – analisou, em entrevista ao LANCE!, o brasileiro Paulão, ex-jogador e técnico da dupla, que mora em Roma.

Para a federação, que pretende utilizar a Rio-2016 como um marco de entretenimento aliado ao esporte, um jogador do perfil de Carambula é quase um show ao público. Ele garante que o saque não foi inspirado em Bernard, mas conta que absorveu experiências de outros esportistas consagrados do Brasil.


– Tenho o Ricardo e o Emanuel como inspirações. A praia nos permite brincar. Por não ser tão alto, tento me diferenciar no saque – diz o jogador, que nasceu em Montevidéu, mudou-se para Miami (EUA) e conseguiu a naturalização por influência do avô paterno, italiano.

Após baterem Doppler/Horst (AUT), Carambula e Ranghieri encaram Binstock/Schachter (CAN) nesta segunda-feira, às 21h, pelo Grupo A. O ousado sacador manda logo um recado:

– Se cheguei até aqui, quero ser campeão. Nunca estou satisfeito.

Carambula e Ranghieri ocupam a terceira colocação no ranking do Circuito Mundial.

BATE-BOLA
Adrian Carambula - Jogador de vôlei de praia da Itália, ao L!

‘A época no futebol ao lado de Luis e Maxi Suárez é algo inesquecível’

LANCE!: Você nasceu no Uruguai, morou nos Estados Unidos e defende a Itália. Como você se definiria?
Adrian Carambula: Sinto que sou um cidadão do mundo (risos). Tenho muito amor e carinho pela Itália, assim como pelos Estados Unidos, onde morei. É uma alegria especial fazer parte de vários países.

L!: O que o Paulão, que é brasileiro, acrescentou na sua carreira?
AC: O Paulão é como um pai para mim. Ele acreditou em meu potencial. A confiança dele foi muito importante.

L!: O que lembra de seu passado no futebol, ao lado do Luis Suárez?
AC: Lembro que cresci como um brasileiro, apaixonado por futebol. Joguei até os 15 anos, mas me lesionei e conheci o vôlei de praia, em Miami. Fiz muitos amigos, que são como uma família. Mas a época com Luis e Maxi (irmão do atacante) é inesquecível. Éramos uma geração promissora.

L!: Esperava público maior aqui? Há muitos lugares vazios na arena...
AC: Imagino que a arena ficará gigante a partir das oitavas e quartas de final. A torcida daqui tem muita energia, o que é algo motivador para nós.

QUEM É ELE

Nome
Adrian Ignacio Carambula Raurich

Nascimento
16/3/1988, em Montevidéu (URU)

Altura e peso
1,83m e 84kg

Posição
Defensor

Para quem torce
Peñarol (futebol) e Miami Heat (basquete)

Conquistas
Campeão do Open de Doha (QAT), em 2016, do Open de Antália (TUR), em 2015; e dos Nacionais de Catania (ITA) e Roma (ITA), em 2015.