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Judoca troca o Brasil pelo Líbano por mais liberdade e experiência

Nacif Elias defende a nação de seu avô desde 2013 e faz sua estreia em Jogos Olímpicos sonhando com uma medalha

Nacif Elias (de branco) defende o Líbano desde 2013 (Foto: Reprodução/Facebook)
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Você trocaria a chance de defender a Seleção Brasileira de judô para atuar por outro país? Imagine também que essa nação não tem muitas conquistas na modalidade. A maioria das pessoas responderia não. Mas esse não foi o caso de Nacif Elias, da categoria meio-médio (81kg), que estreia nesta terça-feira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro pelo Líbano.

Nascido em Vitória, no Espírito Santo, o judoca, de 27 anos, vai fazer sua estreia em uma Olimpíada justamente em seu país de nascença. Eles só não poderia pensar que seria por outra nação.

- Troquei o Brasil pelo Líbano, porque era uma oportunidade que achei boa. Era da Seleção Brasileira, mas em uma temporada eu só fazia, no máximo, três ou quatro competições internacionais. O Líbano me ofereceu oito torneios, sou um competidor exclusivo no país, tenho toda a estrutura que preciso para ser um campeão – afirmou o lutador.

Apesar de a Seleção Brasileira ser considerada uma das melhores do mundo, afinal, já são 20 medalhas olímpicas na história, Nacif queria uma mudança em sua carreira. A ideia era deixar para trás tudo o que ele já conhecia por algo novo, tudo para evoluir.

- Minha relação com o país é muito boa, só tenho a agradecer por me abrir as portas e por me dar essa oportunidade. Fiquei quatro anos na Seleção Brasileira, em todas as minhas fases (da base). Foi mais uma questão de oportunidade e de querer rodar o circuito mundial. Tirando que eu tenho a liberdade de montar a minha periodização de treinos. Tenho total liberdade para fazer o que eu quero. Estava precisando disso para poder evoluir – completou.

Nacif defende o Líbano desde 2013 por conta de uma ligação familiar. Um de seus avós era libanês. Mas apesar da nova nação, ele ainda tem ligações maiores com o Brasil. O judoca ainda mora em Vitória, onde treina e fez toda sua preparação olímpica. A rotina é árdua, com três períodos de atividades durante a semana, e outros treinamentos nos sábados e domingos.

Para se manter, o brasileiro-libanês recebe um auxílio financeiro do Líbano.

- Pagam todas as minhas viagens, me dão uma ajuda mensal. Não dá para viver, ser rico. Mas estou me mantendo. Mas não me falta nada – explicou.
Porta-bandeira do Líbano na Rio-2016, o lutador já vai ter grandes lembranças para guarda dessa experiência olímpica. Imagine, então, se a principal meta dele for atingida.

- Minha expectativa é boa, estou confiante, bastante treinado, bem mentalmente. Apesar de ser uma estreia, não estou nem um pouco nervoso, mas sim confiante em conquistar uma medalha – declarou.