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Atletas divergem sobre preparação ideal a três semanas da Olimpíada

Aposta do tiro com arco, Marcus D'Almeida procura não alterar a rotina. Andreia Bandeira, do boxe, vê o ritmo de treinos mais intenso, e esperança do taewkondo modifica estratégia

Marcus Vinícius D'Almeida foi prata na Olimpíada da Juventude da China, em 2014 (Foto: Divulgação)
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A três semanas da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que acontece no dia 5 de agosto, os atletas brasileiros mantêm focos distintos em relação aos últimos detalhes de sua preparação. 

Em alguns casos, a estratégia ideal é fazer um trabalho de simulação dos adversários mais temidos e imaginar o cenário do megaevento. Em outros, o melhor é manter o mesmo dia a dia vivido durante todo o ciclo.

Não é uma decisão que cabe unicamente aos competidores. Faz parte de todo um planejamento traçado pelas confederações e pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). O cronograma também varia de acordo com a modalidade.

No tiro com arco, a concentração é determinante. Brasileiro mais bem colocado no ranking mundial, em 18º, Marcus D'Almeida busca minimizar qualquer alteração brusca na rotina. Ele é apontado como possível medalhista.

– É hora de continuar o mesmo trabalho, sem inventar muito. Sigo a mesma rotina para no final dar tudo certo – disse Marcus, que está concentrado desde janeiro na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, com toda a equipe brasileira do tiro com arco.

Vice-campeão na Copa do Mundo de 2014 entre profissionais, aos 16 anos, e medalhista de ouro no Mundial da Juventude de 2015, o atirador, hoje aos 18, adota a mesma receita no preparo emocional fora da arena de competição.

Atualmente, o atleta acorda às 7h e dorme por volta de 22h. Mas não valoriza sacrifícios extras por causa da proximidade dos Jogos. 

– O ideal é não sairmos da rotina. Se a sua é falar com amigos nas redes sociais e ganhar um monte de parabéns e boa sorte, que continue assim. Se você fica lendo mensagem no celular até 1h da manhã e, no dia seguinte, compete bem, ótimo, faça isso. Se não, é não perder o foco – afirmou Marcus.

Já a boxeadora Andreia Bandeira, classificada para a Rio-2016 na categoria até 75kg, afirma que o ritmo ficou mais intenso à medida que o tempo avançou. Após ir aos Jogos de Londres-2012 como reserva, a paulista espera realizar o sonho de uma medalha em casa.

Andreia Bandeira (Foto: Divulgação/Mariane Barbosa/PrefeituraSP)

– Depois que classifiquei, e saiu a carta oficial, o treinamento está mais puxado. Estou me preparando e sei que estou mais madura do que em Londres. A cabeça está tranquila. É um sonho de todos os atletas, mas não estou levado com base na pressão – afirmou Andreia.

A prática de simular as características dos oponentes em treinamentos é comum em esportes de luta, em que os atletas são divididos por categoria de acordo com o peso. No taekwondo, a brasileira Iris Tang Sing (49 kg) diz que os trabalhos mudaram com a definição das chaves dos Jogos.

– Mudou, pois como saíram as chaves, procuramos simular as atletas que iremos enfrentar na Olimpíada. Mas os treinos continuam de forma parecida. Ainda tem muito trabalho a ser feito em três semanas – disse a atleta.

A estratégia também é utilizada em esportes coletivos. No vôlei, é comum que as comissões técnicas "imitem" os movimentos de ataque de determinados rivais para tornar a marcação do bloqueio mais eficaz antes de uma partida.

Iris Tang Sing é aposta do taekwondo brasileiro (Foto: Divulgação)