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Após problemas em reformas, palco olímpico da vela é apresentado no Rio

Obras na nova Marina da Glória custaram R$ 70 milhões, pagos com recursos privados 

(Foto: Divulgação/Rio Media Center)
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Uma das obras cercadas de polêmicas na preparação do Rio de Janeiro para receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano, a nova Marina da Glória foi apresentada pelo prefeito Eduardo Paes nesta quinta-feira. O local, que servirá como ponto de chegada e partida das provas de vela em agosto, custou R$ 70 milhões, pagos com recursos privados.

Os trabalhos foram realizados pela BR Marinas, que faturou a concessão do espaço sem processo licitatório, após a MGX, de Eike Batista, ter se retirado do negócio com problemas financeiros. As obras tiveram início em dezembro de 2014 e tinham previsão de término para fevereiro deste ano. A empresa poderá explorar a Marina até 2036.

A revitalização incluiu reformas dos píeres, criação de um espaço gastronômico, com quatro restaurantes, e nova infraestrutura elétrica, hidráulica e de esgoto. As vagas molhadas para barcos, ou seja, dentro d'água, aumentaram de 140 para 145, e as secas, onde as embarcações são empilhadas, subiram de 70 para 240.

A aprovação da reforma pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também foi alvo de críticas. O Parque do Flamengo, onde fica a Marina, é área tombada. Uma ação movida pela Federação das Associações de Moradores do Município do Rio de Janeiro (FAM-Rio) tentou suspender as atividades, mas o Tribunal Regional Federal (TRF) deu parecer favorável à obra. O imbróglio, que ainda não acabou, foi para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

– A população ganhou o espaço todo desta orla. Há um píer totalmente novo, que permite o acesso. É uma marina pública com uma concessão privada. Nós resolvemos um dilema do ponto de vista estético, pois houve vários projetos para o local. Após anos de confusão, conseguimos pactuar o entendimento entre Iphan, Prefeitura e o setor privado – disse Paes, que esteve acompanhado do Ministro do Esporte, Ricardo Leyser.

– O contrato é legítimo. Foi aprovado pela Procuradoria do município. Sempre tem alguém que entra na Justiça, e o papel dela é esse. As pessoas no Brasil, na democracia, recorrem ao Poder Judiciário quando se sentem atingidas. Não houve nenhuma decisão dizendo que o contrato é ilegal – disse o prefeito.

Para as competições da Rio-2016, um problema ainda persiste na Marina. O governo do estado precisa conter o despejo de esgoto provocado por uma ligação clandestina. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) deve concluir a obra até o dia 15 deste mês, segundo o Prefeito.

– É claro que temos de estar atentos, pois é um período seco, com menos chuvas. Com o plano de contingência, a Baía vai funcionar bem. É um desafio para o Rio, não para a Olimpíada. Não digo que foi uma oportunidade perdida (de limpeza do local), pois muito foi feito. O legado ainda não está garantido, mas não é preocupação olímpica – completou o prefeito. 

Promessa de ganhos para velejadores e público

Uma das modalidades com maior expectativa de resultados para o Brasil na Olimpíada do Rio, a vela distribuirá 33 medalhas em agosto. A reforma promete trazer um conforto maior aos atletas e ao público, na avaliação do presidente presidente da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Marco Aurélio Sá Ribeiro.

– Houve Olimpíada em que o atleta demorava uma hora e meia para chegar ao local da regata.  Aqui, em três minutos o atleta está no palco de competições. É fantástica a criação de uma instalação tão próxima da raia, com a possibilidade de o público assistir de perto a competição e a preparação – disse o dirigente. 

No dia 13 de julho, a Marina será entregue ao Comitê Rio-2016. Após os Jogos, a promessa da prefeitura é de que o local seja um ponto de turismo e lazer gratuito, com ciclovia, lojas náuticas, restaurantes e um mirante com vista para o Pão de Açúcar.