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Alison e Bruno fazem Brasil voltar ao topo no vôlei de praia após 12 anos

Dupla suporta bem a chuva e se torna a primeira a conquistar um ouro olímpico desde Ricardo e Emanuel, em Atenas-2004

(foto:AFP)
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O Brasil está de volta ao topo do pódio olímpico no vôlei de praia, 12 anos após dois dos maiores nomes da modalidade, Ricardo e Emanuel, se tornarem heróis. Nesta sexta-feira, debaixo de muita chuva, Alison e Bruno Schmidt se sagraram campeões dos Jogos Rio-2016 ao vencerem os italianos Nicolai e Lupo por 2 sets a 0, parciais de 21-19 e 21-17, na Arena de Copacabana. Eles são apenas a segunda dupla masculina do país a conseguir o feito. E a única parceria verde e amarela a faturar a medalha dourada na capital fluminense.

O tempo não era problema. No primeiro lance da partida, um sinal de confiança. Os brasileiros pediram desafio para comprovar o toque do ataque de Alison no bloqueio de Nicolai, e levaram o ponto. Em seguida, o susto. Os italianos abriram 5 a 1. Ignoravam todo o favoritismo do outro lado da quadra.

Foi então que entrou em cena a categoria do "baixinho" Bruno Schmidt, que a cada torneio mantém a fama de ser o melhor do mundo, como a Federação Internacional (FIVB) reconheceu no ano passado. De ataques precisos a uma manchete de primeira, que matou a defesa adversária, ele construiu o caminho para a vitória. Ao seu lado, o Mamute, embora tenha se perdido no ataque, foi o ponto de desequilíbrio no bloqueio.

No segundo set, cenário parecido. Nicolai e Lupo não facilitavam, mas os donos da casa mantiveram a concentração. Alison seguiu firme na rede. Com paciência, Bruno buscou as bolas que eram necessárias para virar o placar, que até a metade da parcial era desfavorável aos donos da casa. No paredão do Mamute, a consagração estava definida.

Considerados algumas das maiores apostas do Brasil nos Jogos Rio-2016, os atletas precisaram colocar em prática uma verdadeira arrancada em busca da vaga olímpica, alcançada com o título do Grand Slam de Olsztyn (POL), em agosto do ano passado.

Eles deixaram o posto de dupla número três do Brasil para se firmarem na liderança, à frente de Evandro/Pedro Solberg, eliminados nas oitavas da Olimpíada, e dos medalhões Ricardo e Emanuel, que não se classificaram. Tudo em apenas cinco meses.

Quando somar pontos na corrida olímpica começava a ser prioridade, Alison sofreu dois golpes duros. Em outubro de 2014, rompeu o tendão patelar do joelho direito. Ao voltar, em fevereiro de 2015, descobriu uma apendicite. Ficou três meses ausente, para a agonia de Bruno, que buscou outros parceiros na época para não perder o ritmo de jogo.

O retorno do Mamute, e consequentemente da dupla, aconteceu em maio, mas de forma sofrida. Em meio à pressão de conquistar a vaga nos Jogos, os dois ficaram fora do pódio nas primeiras quatro competições do Circuito Mundial disputadas. Mas o jogo ia virar.

A arrancada começou em julho, com cinco títulos. A dupla faturou o Campeonato Mundial da Holanda e quatro etapas do Circuito Mundial: Major Series de Gstaad (SUI), Grand Slam de Yokohama (JPN), Grand Slam de Long Beach (EUA) e Grand Slam de Olsztyn (POL).

Com isso, terminaram o ano como melhor dupla nacional, o que os garantiu na Rio-2016, de acordo com o critério utilizado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Dali para frente, foram treinos, treinos e mais treinos, rumo ao maior objetivo de suas carreiras. Nesta noite, ele foi alcançado.