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Lance!
São Paulo (SP) 
Dia 13/12/2018
20:48
Atualizado em 14/12/2018
08:15
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Nesta quinta, o Santos anunciou ter chegado a um acordo para que Jorge Sampaoli seja o técnico da equipe em 2019. O técnico, que dirigiu a seleção do seu país na última Copa do Mundo, está por detalhes contratuais e deve assinar com o clube no fim de semana. Nos últimos anos, alguns treinadores estrangeiros passaram por clubes brasileiros sem conseguirem ficar muito tempo - uns foram demitidos e outros trocaram o clube por uma seleção (casos de Osorio e Bauza, no São Paulo, e Reinaldo Rueda, no Flamengo). 

Um caso à parte foi o do uruguaio Diego Aguirre, que foi demitido do São Paulo, na reta final do Brasileirão deste ano depois de ter levado a equipe à melhor campanha do primeiro turno (condição que rendeu o troféu Osmar Santos, oferecido por este LANCE!). Ele também comandou Internacional e Atlético-MG, construindo um currículo mais extenso em terras brasileiras. 

AGUIRRE 'FINCA RAÍZES'

Aguirre treinou Inter, Galo e São Paulo (Foto: Melo Andrade/Eleven)

O uruguaio Diego Aguirre é bem conhecido no futebol brasileiro. Este ano, treinou o São Paulo e levou a equipe à melhor campanha do primeiro turno do Brasileirão. Porém, o time caiu muito de produção na segunda metade da competição e ele foi demitido antes mesmo do fim da disputa. 

Anteriormente, Aguirre havia sido técnico do Internacional, em 2015, e do Atlético-MG em 2016.  No Beira-Rio, conquistou o Campeonato Gaúcho, mas deixou o clube em agosto, após a eliminação do Inter na semifinal da Libertadores.  No Galo, ficou cinco meses e levou o título do torneio Flórida Cup, nos EUA. Na Libertadores, porém, acabou eliminado pelo São Paulo, clube que viria a comandar, nas quartas de final.

RUEDA: DO FLA PARA O CHILE

Reinaldo Rueda dirigiu o Flamengo em 2017 (Foto: André Durão)

O colombiano Reinaldo Rueda chegou com moral ao Flamengo em agosto de 2017. O título da Libertadores de 2016 com o Atlético Nacional-COL deu a grife necessária. Apesar da experiência internacional em seleções, à frente de Honduras na Copa de 2010 e do Equador na Copa de 2014, o Fla seria uma experiência inédita fora de seu país em clubes.

Rueda liderou o Rubro-Negro em 31 jogos. Com 13 vitórias, dez empates e oito derrotas - aproveitamento de 52,7%. Ele foi vice-campeão da Copa do Brasil e da Sul-Americana, mas deixou o cargo porque recebeu proposta para treinar a seleção do Chile. 

BAUZA NAS SEMIFINAIS DA LIBERTADORES

Bauza no Tricolor (Foto: Maurício Rummens/Fotoarena/LANCE!Press)

Em 2016, Edgardo Bauza assumiu o São Paulo com dois títulos da Libertadores na bagagem: em 2008 com a LDU (EQU) e em 2014 com o San Lorenzo (ARG). No Tricolor, alcançou a semifinal do torneio, quando perdeu para o Atlético Nacional (COL).  

O retrospecto do treinador com a equipe paulista, no entanto, foi aquém do esperado. Com aproveitamento de 46,52%, venceu 18 jogos, empatou 13 e perdeu 17 vezes. O argentino não conseguiu levantar nenhum título e, sete meses depois de contratado, abandonou o barco para assumir a seleção do seu país, na qual ficou pouco tempo. 

OS 75 DIAS DE PAULO BENTO

Paulo Bento na Raposa (Foto: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

O Cruzeiro experimentou em 201e o trabalho de um técnico estrangeiro. O português Paulo Bento teve passagem rápida pelo clube, de apenas 75 dias, sendo demitido com a Raposa na penúltima colocação do Campeonato Brasileiro. 

Com a equipe celeste, Paulo Bento teve aproveitamento de 41,17%. Em 17 jogos, conseguiu seis vitórias, três empates e oito derrotas. Após sua saída, Bento assinou com o Olympiacos, da Grécia, em agosto.

PET NO BANCO

Petkovic passou por alguns times (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O sérvio Petkovic, com histórico vitorioso como jogador em grandes equipes do Brasil, comandou as equipes profissionais de Criciúma e Vitória. Em 2015, o  esteve à frente do Tigre de Santa Catarina em 24 partidas. Com sete vitórias, 12 empates e cinco derrotas, o aproveitamento do técnico foi de 45,8%.

A passagem como técnico do Vitória durou apenas três semanas. Após a demissão de Argel Fucks às vésperas da final do Campeonato Baiano, o time anunciou Pet como novo treinador do grupo, em 2017, quando o sérvio já era gerente de futebol do clube. Ele ficou no comando por quatro jogos no Brasileirão. Quando deixou o cargo, o Vitória estava com 12 pontos em 16 rodadas, ocupando a 19ª posição da Série A, com aproveitamento de 25%.

ALTOS E BAIXOS DE OSORIO

Osorio no São Paulo (Foto: Alan Morici/ Lancepress!)

O colombiano Juan Carlos Osorio chegou ao Morumbi no fim de maio de 2015, com contrato de dois anos. O técnico viveu quatro meses de altos e baixos no São Paulo. Foram 28 jogos com 12 vitórias, sete empates e nove derrotas (51,19% de aproveitamento). O técnico, conhecido por ser bastante estudioso, destacou-se por seus métodos, como as instruções em bilhetes aos atletas durantes os jogos, o rodízio de jogadores e outras especificidades.  

Na época, o São Paulo vivia uma crise política que culminou na renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar. Osório pediu demissão do clube paulista para dirigir a seleção do México, que enfrentou o Brasil nas oitavas de final do Mundial da Rússia. 

GARECA NÃO DUROU

Gareca no Palmeiras (Foto: Ale Cabral/Lancepress!)

Consagrado por três títulos argentinos com o Vélez, Ricardo Gareca chegou ao Palmeiras em maio de 2014. No comando do Verdão, conquistou apenas quatro pontos de 27 possíveis no Brasileirão. No total, dirigiu a equipe Alviverde em 13 jogos, incluindo um amistoso pela Copa EuroAmericana e três duelos pela Copa do Brasil. O aproveitamento foi de 38,46 %.

Sua passagem foi curta, tendo sido demitido em menos de três meses. A principal justificativa da direção do clube foi que os resultados eram insustentáveis. Ex-jogador com passagens por Boca Juniors, River Plate, Vélez seleção da Argentina, o técnico também ficou conhecido pela insistência em contratar argentinos para a equipe paulista. Depois, ele teve êxito com a seleção peruana, levando a equipe a uma Copa do Mundo depois de 36 anos. 

ESPANHOL NO FURACÃO

Angel Portugal no Atlético-PR

O espanhol Miguel Ángel Portugal foi contratado pelo Atlético-PR no início de 2014. Antes, chegou a conquistar o Torneio Clausura na temporada 2012/2013 e foi vice-campeão do Apertura 2013/2014 com o Bolívar (BOL). O técnico substituiu Vagner Mancini, mas não caiu no gosto da torcida.

A eliminação precoce na Libertadores fez com que os atleticanos se revoltassem com o espanhol. Além disso, em cinco rodadas do Brasileirão, o Furacão só conquistou cinco pontos. Na breve passagem, Portugal dirigiu o time em 13 jogos oficiais, com cinco vitórias, dois empates e seis derrotas, o que representa aproveitamento de 43,58%.

ATLÉTICO-PR TAMBÉM TEVE URUGUAIO

Carrasco dirigiu o Furacão (Foto: MIGUEL ROJO / AFP/Lancepress!)

Em 2012, Juan Ramón Carrasco assumiu o comando do Atlético-PR. Antes de chegar ao Furacão, o treinador uruguaio disputou a Libertadores como técnico do Fênix em 2002 e esteve à frente da seleção Uruguaia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Alemanha. Carrasco dirigiu o Atlético-PR em 36 jogos - 22 vitórias, sete empates e sete derrotas. 

Mesmo com uma boa campanha no início do ano, o treinador não resistiu à perda do título paranaense para o rival Coritiba, ao baixo rendimento da equipe rubro-negra no começo da Série B e à eliminação diante do Palmeiras nas quartas de final da Copa do Brasil. Depois de quase seis meses, Juan deixou o clube.

FOSSATI NO BEIRA-RIO

Fossati no Inter (Foto: Lucas Uebel / Vipcomm / Arquivo Lance!)

O Internacional fechou a contratação do uruguaio Jorge Fossati em 2010. O treinador chegou embalado ao Beira-Rio depois de conquistar a Recopa Sul-Americana justamente sobre o Inter, e o título da Copa Sul-Americana com a LDU (EQU). O técnico assinou contrato com o Colorado até o final da temporada, mas acabou caindo em maio.

O uruguaio chegou a classificar o Internacional para as semifinais da Copa Libertadores. No entanto, após perder o título gaúcho para o Grêmio, Fossati não resistiu ao desempenho oscilante da equipe no início do Brasileirão e acabou deixando o cargo. Com o Inter, o treinador teve aproveitamento de 60,6%. Foram 18 vitórias, seis empates e nove derrotas em 33 jogos disputados.

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