Vasco vive turnos distintos e chega em alerta às decisões do Carioca

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Vai começar a fase decisiva do Campeonato Carioca, e o Vasco chegará para o jogo contra o Bangu com a vantagem do empate para ir à final. E neste recorte inicial da temporada, a equipe de Alberto Valentim mostrou características marcantes, como a defesa quase sempre segura e utilização de quase todo o elenco. Contudo, o último resultado pode não ser somente coincidência. Confira a análise do LANCE! para o início de temporada cruz-maltina.

O empate seguido de derrota nos pênaltis para o Flamengo faz parte de um segundo momento nem tão bom do início de ano cruz-maltino. Na primeira parte houve, nesta ordem, cinco vitórias seguidas, uma quase eliminação para a Juazeirense, na Copa do Brasil, três vitórias em série, empate no clássico com o Botafogo e vitória sobre o Boavista.

Então, a equipe empatou com o Fla com um gol no final; venceu o Avaí, mas saiu de campo sob vaias; perdeu (com reservas) para a Cabofriense; marcou dois gols cedo e venceu o Resende, perdeu para o Bangu, sofreu para vencer o mesmo Alvirrubro e, no último domingo, caiu para o maior rival.

Em termos gerais, são 18 jogos na temporada, com 12 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Foram 29 gols marcados (média de 1,61 gol por jogo) e 13 sofridos (média de 0,72 por jogo). Na construção ofensiva, quem inicia as jogadas, habitualmente, é Lucas Mineiro. Bruno César dá o terceiro passe e Danilo Barcelos se encarrega da maioria das assistências para as finalizações. Destas, Marrony é quem lidera.

- Ficamos um pouco abaixo da Taça Guanabara, pois vencemos com 100% de aproveitamento. O importante é que vejo uma evolução no que temos feito. Foi um pecado perder essa final da Taça Rio. Sofremos o gol faltando pouco - lamentou o técnico Alberto Valentim, após a derrota na decisão por pênaltis.

Nas estatísticas do "Footstats" do Campeonato Carioca, o Vasco tem números próximos da média da competição. Em finalizações, uma média de 15,46 por jogo. Nos cruzamentos, são cerca de 23 por partida. Quanto aos desarmes, a equipe soma 13,73 divididos entre as 15 partidas até o momento e 400,46 passes por confronto. Entre as defesas de Fernando Miguel (único goleiro utilizado), 79 delas foram simples, enquanto dez são consideradas difíceis: média de 5,93 defesas por jogo.

Há quem tenha contestado o nível de atuação do Cruz-Maltino mesmo no período de 13 partidas de invencibilidade. Alguns dados sustentam tal tese: no primeiro jogo contra o Fluminense, em Brasília, o Vasco teve apenas 30% de posse de bola, finalizando oito vezes durante todo jogo, sendo duas corretas. Além disso, o time trocou somente 118 passes certos contra 480 dos adversários. Na ocasião, Pikachu marcou, aos 25'/1ºT, o gol que garantiu o triunfo cruz-maltino.

Já na final da Taça Guanabara, o gol de Danilo Barcelos saiu aos 35 minutos da etapa final, e os vascaínos tiveram ainda menos posse de bola: 28,5%. Foram sete finalizações, sendo duas certas, e 176 passes corretos contra 545 do Tricolor.