Nova derrota expõe mais ainda as deficiências do Vasco: missão árdua para Ricardo Sá Pinto

Diante do Internacional, o Cruz-Maltino foi incapaz de defender e de atacar por longos períodos. Treinador português começa o trabalho com o elenco nesta segunda-feira

Ricardo Sá Pinto - Equipe Vasco
Trabalho de Sá Pinto com os jogadores do Vasco tem início, na prática, nesta segunda-feira (Rafael Ribeiro/Vasco)

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O técnico interino Alexandre Grasseli entende, conforme declaração logo após o jogo, que o Inter foi dono do primeiro tempo e o Vasco do segundo. A diferença, para ele, foi o aproveitamento das oportunidades. Não cabe, aqui, julgar as declarações de quem pouco poderia fazer em pouco mais de uma semana de trabalho. O fato é que o Vasco melhorou, sim, no segundo tempo, mas longe de apresentar suficiente para animar o torcedor. Ricardo Sá Pinto terá trabalho.

O treinador português, que esteve como espectador no Estádio Beira-Rio, herda um time que foi dominado, anestesiado e incapaz de reagir durante 40 minutos. Só o chute de Cano, na reta final da primeira etapa, mostrou que havia um outro time atacando que não o Colorado. Na marcação, os dois gols demonstram que praticamente não havia.

É possível marcar a partir do campo de ataque, na altura da linha de meio-campo ou perto da própria área. Esta foi a opção do Vasco, o chamado "bloco baixo". A questão é que os oito jogadores nas duas linhas, mesmo próximos uns dos outros, foram totalmente envolvidos pelo time mandante. Estavam impotentes na função defensiva.

Ofensivamente, o que animou Grasseli foi visto no segundo tempo. Mas tentativas de Talles Magno de um lado e de Carlinhos e Benítez do outro foram pouco para mudar o cenário da partida. Não houve frequência de tabelas ou movimentos aparentemente coordenados. Problema que já vinha sendo visto nos últimos jogos sob as ordens de Ramon Menezes. Por ironia do destino, as características do elenco vistas pelo agora auxiliar são as mesmas que o antigo treinador principal observava: a disposição geral para evoluir.

- Vejo que essa instabilidade é natural nesse momento de transição. Uma semana e três dias é muito pouco para qualquer treinador. Na minha função de interino, pude observar muitos pontos positivos. É um grupo que se supera, tem lideranças positivas e tenho certeza que, com a nova comissão técnica, teremos uma estabilidade maior. Não da noite para o dia, mas com o nosso apoio e o comando dele (Sá Pinto) teremos ideia, padrão, comportamento e vai diminuir a instabilidade que, concordo, estamos vivendo - avalia Grasseli.

Efetivamente, o treinador apresentado na última sexta-feira começará o trabalho com o elenco nesta segunda-feira. O time carece de eficiência na marcação e na criação, além de confiança e evolução técnica a alguns jogadores. Não é pouco. Pouco é o tempo até o jogo contra o Corinthians, nesta quarta-feira.

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