Mesmice: dias de treino não mostram diferença no Vasco, com atuação sem graça na estreia da Série B

Com dezenove dias de intervalo desde a eliminação no Campeonato Carioca, Vasco não aumenta repertório e tem dificuldade de criar chances em empate contra Vila Nova

Vasco x Vila Nova
Vasco ficou no empate com o Vila Nova (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

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Dezenove dias separaram a eliminação do Vasco no Campeonato Carioca para a estreia do Cruz-Maltino na Série B do Brasileirão. O período de pouco mais de duas semanas para treinamentos representou, em tese, um tempo útil para implementar ideias táticas a serem colocadas em prática por Zé Ricardo. O que se viu no empate por 1 a 1 contra o Vila Nova, em São Januário, foi um time muito parecido com o de outrora.

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Havia alta expectativa: o estádio estava cheio e as mais de 19 mil pessoas na Colina Histórica viram uma equipe que repetiu erros que apareceram com frequência no Campeonato Carioca. Uma equipe com dificuldade para chegar ao ataque, de pouco repertório técnico no terço final e que abusava das bolas longas para tentar assustar o adversário.

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Apesar do Vasco ter aberto o placar cedo - em lance de oportunismo de Raniel -, a vantagem durou pouco com o gol minutos depois de Arthur Rezende após cobrança de escanteio, um dos pesadelos do clube no ano passado. O cenário do jogo foi um Vila Nova com linhas muito baixas e um Cruz-Maltino que tinha que criar as próprias chances - algo que não aconteceu.

Os dois laterais apareceram com frequência. Primeiro, Edimar tentou com frequência encontrar Gabriel Pec com um lançamento no alto. A questão é que o camisa 11 estava atuando na esquerda, mas o lado de preferência do atacante é na direita. Deslocado, ele pouco fez dominando a bola de costas contra os marcadores da equipe goiana. A bola batia e voltava.

O outro fator em evidência foi Weverton. O lateral era figurinha carimbada no ataque. O camisa 17 tinha o corredor livre, mas ele não teve uma noite feliz: foram seis cruzamentos e o seis errados. Zé Ricardo, então, fez duas alterações na posição em poucos minutos: Yuri, primeiro volante, e, posteriormente, Lucas Oliveira, atacante, jogaram de lateral. Também pouco fizeram - apesar do estreante ter aparecido melhor que os outros dois.

Em resumo: foi pouco. O Vasco foi obrigado a criar chances e mostrou que não foi capaz. A equipe melhorou com a entrada de Figueiredo e a saída de Bruno Nazário - outro que atuou deslocado, já que, outra vez, teve dificuldades pelos lados do campo. A amostragem foi pouca. A torcida, não à toa, vaiou a equipe após o apito final. Foi um teor de decepção.

É apenas a primeira rodada, claro. Mas ficou esse sentimento pelos dezenove dias de intervalo e um preciso tempo de treinamento - algo raro no futebol brasileiro. Zé Ricardo tem trabalho a fazer, mas a impressão é que é o mesmo estágio desde a eliminação do Campeonato Carioca.

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