Wágner repete discurso de insatisfação de companheiros e vai além

Luis Alvaro Oliveira Ribeiro (Foto: Miguel Schincariol/ LANCE!Press)
Luis Alvaro Oliveira Ribeiro (Foto: Miguel Schincariol/ LANCE!Press)

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A dois jogos do fim da temporada, os jogadores do Fluminense resolveram colocar o dedo na ferida e reclamar abertamente dos problemas que atrapalharam o time este ano. Primeiro foi Fred. No domingo, após empate com o Sport, disse que todos deveriam ser “realistas”, pois ano passado este time havia sido rebaixado. Na segunda, Rafael Sobis reclamou de problemas “extracampo”. Ontem, em coletiva, Wágner repetiu Fred e Sobis e foi além. Deixou claro que problemas administrativos e brigas internas determinaram a derrocada tricolor no Brasileiro e lembrou as temporadas de 2012 e 2013.

– Em 2012, tínhamos tudo extracampo correndo muito bem. Bichos e salários eram pagos... Este ano tivemos praticamente as mesmas dificuldades de 2013. Foi um ano sem dinheiro, sem grandes contratações... Sabemos que esses detalhes puxam para baixo – disse.

Wágner também citou as indefinições em relação à renovação de contratos e à manutenção do patrocínio com a Unimed-Rio como fatores que atrapalharam neste ano. A patrocinadora já deixou claro que não vai renovar com os atletas com os quais tem contrato:

– Nem quem tem contrato longo está em segurança. Ninguém está garantido. Nem diretor. O único que está garantido é o presidente, que ganhou a eleição.

Procurado pela reportagem do LANCE!, o presidente Peter Siemsen disse que não gostaria de comentar as declarações de Wágner:

– Não é o momento de falar sobre isso. Precisamos esperar acabar o campeonato para, aí sim, nos posicionarmos.
Este é o Fluminense que terá ainda mais dois jogos no Campeonato Brasileiro..

COM A PALAVRA - MÁRIO BITTENCOURT
VICE-PRESIDENTE DE FUTEBOL

"Wágner fez comparativo com anos anteriores do próprio clube porque algumas situações se modificaram. Outros também falaram que essas faltas de investimento interferiu no resultado. Não fico preocupado nem chateado. Foi uma entrevista sincera. Em nada me incomodou. Ele colocou os pingos nos Is. Em maio já havia tido uma troca na diretoria.

Já antecipo que 2015 será um ano de mudança de outros conceitos. Não estou chateado. Ele expôs algumas situações que estamos vivendo desde maio. Não houve falta de suporte. Quando fala ele de problemas internos, é questão de um grupo que vem junto de muito tempo. Não temos problemas disciplinares desde que cheguei. Óbvio que temos o receio de que esse movimento possa fazer com que queiram não estar aqui no futuro. São jogadores de alto nível."  

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