Ao conquistar sua sexta medalha de ouro em Mundiais, após vitória sobre o judoca brasileiro Rafael Silva, no peso pesado (acima de 100kg), no Mundial do Rio de Janeiro, o francês Teddy Riner declarou todo seu amor ao Brasil. Vice-líder do ranking mundial, ele segue sem saber o que é uma derrota desde 2010.
- Fico muito feliz por ganhar essa medalha no Brasil, onde tudo começou, no Mundial do Rio, em 2007. Espero que cada vez que eu pisar no país, eu consiga uma medalha. Até a Olimpíada de 2016. Eu amo o Brasil, me sinto muito bem vindo aqui. A alegria das pessoas é contagiante. Adoro - afirmou Riner que, na sexta-feira, aproveitou a folga para ir na praia relaxar antes de estrear na competição.
Aos 24 anos, o francês é considerado o maior fenômeno do judô na atualidade. Com a conquista desse sábado, ele soma seis ouros em Mundiais e uma prata. Esse vice-campeonato marca a última derrota de Riner. Foi no Mundial de Tóquio-2010, na categoria absoluto. Na decisão, ele perdeu para o japonês Daiki Kamikawa na decisão dos juízes. Indignado, até se recusou a cumprimentar o adversário.
A última derrota em sua categoria, o pesado, tem mais tempo. Foi na Olimpíada de Pequim-2008. Quatro anos depois, em Londres, conquistou seu primeiro ouro olímpico.
Perguntado sobre a longa invencibiliade, Riner afirmou que o esporte é assim: o melhor sempre vence. No entanto, ele reconhece que um dia vai aparecer alguém que poderá superá-lo. Por conta disso, deixou claro que treina sempre para poder continuar ganhando.
- Não é que as lutas sejam fáceis. Eu busco as oportunidades. Quando elas aparecem, eu aplico a técnica e busco a vitória. Relaxar? Jamais. E sempre acreditar em si mesmo - disse Riner.
Com relação ao brasileiro Rafael Silva, o francês fez só elogios.
- Rafael é muito forte, muito grande. Pode até parecer, de fora, que a luta foi fácil. Mas, quando estou no tatame, arde o braço, arde o peito. É a minha cabeça que acaba me conduzindo à vitória. O Rafael é um grande adversário - finalizou Riner.