Acompanhados de perto durante a última semana pelo LANCENET!, Ronaldinho e Juninho deixaram o Engenhão nem tão felizes como entraram. Afinal, o Clássico
dos Milhões terminou empatado sem gols e a participação de ambos não foi de protagonistas.
Ronaldinho, em melhor fase, foi mais participativo do que Juninho durante o clássico. Já no início da partida, mostrou que anda afiado não só com os gols, mas também com os passes. Em meio à zaga, ele achou um espaço para deixar Léo Moura na cara do gol, mas o lateral perdeu ótima chance. Fora 27 passes certos em
32 tentativas de R10 durante o jogo.
Juninho, por sua vez, foi mais discreto do que Ronaldinho na maior parte do jogo. Foram 20 passes certos, mas nenhum a ponto de deixar um companheiro na frente do gol em ótima condição. A boa chance de Juninho de ser o protagonista do clássico apareceu graças a um erro bisonho de Welinton, que derrubou Diego Souza na frente do gol.
O Reizinho bateu com capricho, mas a bola explodiu na trave direita de Felipe. Depois, Ronaldinho ainda teve chance de dar o contragolpe também em falta, mas Fernando Prass afastou com boa defesa.
Referências de ambos os times, Ronaldinho e Juninho eram sempre procurados pelos companheiros. O vascaíno, no entanto, cansou e foi sacado aos 28 minutos da segunda etapa. Ronaldinho continuou até o fim, mas, bem marcado e sem companhia na frente, pouco fez. No fim, empate entre os ídolos.
Vasco tem mais posse
Talvez muito em conta de ter um jogador a mais do que o Flamengo em boa parte do jogo, o Vasco teve mais posse de bola na partida. Em 52% do tempo jogado no Engenhão, a bola esteve nos pés de jogadores vascaínos. Ao Flamengo coube 48%. Apesar do bom tempo com a bola no pé, houve quem reclamasse do excesso de individualismo vascaíno. Foi o caso do atacante Elton.
- Acho que houve um excesso de individualismo, né? Às vezes, o companheiro estava mais bem posicionado e a bola não era passada. Mas tudo bem, vamos tentar melhorar para o próximo jogo - afirmou o atacante logo após deixar o gramado do Engenhão.
O Vasco também foi bem superior na questão dos desarmes. Foram 39 roubadas de bola, contra 23 do Flamengo, que contou com Willians, especialista na função. Em lançamentos, no entanto, o Rubro-Negro deu o troco: foram 32 a 23 dos vascaínos.
Nos números, 15 para cada
Flamengo e Vasco cumpriram, no domingo, o 45° clássico na História de 40 anos do Campeonato Brasileiro e atingiram um equilíbrio impressionante. Com o empate, os números gerais estão completamente iguais: agora são 15 empates e 15 vitórias para cada lado no retrospecto do Clássico dos Milhões na competição.
O empate favoreceu, também, a invencibilidade do Flamengo diante do arquirrival. Agora, já são sete partidas em sequência sem ser derrotado pelo Vasco em Campeonatos Brasileiros. São três vitórias rubro-negras e quatro empates desde o último triunfo vascaíno, em 2007.
Mas caso o leque seja ampliado, a superioridade rubro-negra nos últimos tempos fica mais evidente. Nos últimos 16 clássicos em Brasileiros, foram sete vitórias rubro-negras e apenas duas do Vasco. O novo confronto entre os clubes já está marcado: será na última rodada do Brasileiro.