Prince Boateng pede mais rigor no combate ao racismo no futebol


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Os recentes casos de racismo envolvendo o futebol brasileiro viraram notícia na imprensa internacional e provocaram críticas de jornalistas e atletas estrangeiros, além de autoridades ligadas à Fifa, que deram total apoio à presidente Dilma Rousseff, que logo condenou os atos.

Mas na Europa casos de racismo no futebol também têm sido frequentes e gerado polêmica. Para Kevin-Prince Boateng, 27, hoje no Schalke 04 e que deve ser o destaque da seleção de Gana na Copa do Mundo no Brasil, a reação contra o racismo tem que ser dura. E de todas as partes.

Ele acha que jogadores, técnicos e árbitros não podem ser coniventes e defende a interrupção imediata da partida em que atitudes e cânticos racistas se fazem presentes:

- Ninguém tem a obrigação de jogar sendo hostilizado, chamado disso ou daquilo. Racismo é crime e tem que ser cortado pela raiz, afirmou ao LANCE!Net, por meio de sua assessoria.

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Boateng lembra que, quando defendia o Milan, abandonou um amistoso contra o Pro Patria, uma equipe da quarta divisão italiana, porque estava sendo alvo de ofensas racistas:

- Não só eu, outros jogadores negros também. Não tive dúvidas, reagi e resolvi sair de campo. Não estava lá pra ser xingado por causa da minha cor.

Na ocasião o atleta, que nasceu em Berlim, mas tem dupla nacionalidade e por isso defende a seleção de Gana, enfrentou, com gestos, a torcida que o atacava. Jogou a bola para a arquibancada e abandonou o jogo. O juiz, então, resolveu encerrar o amistoso aos 26 minutos do primeiro tempo.

Para o Mundial do Brasil, no entanto, Boateng duvida que ocorram episódios como aquele:

- A Nigéria esteve na Copa das Confederações e nada aconteceu, foi muito bem tratada. Na Copa espero um bom comportamento, não tenho motivos para pensar o contrário.

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