Marcelo Oliveira pode igualar marca de técnicos renomados do Brasil

Singh Dhoni (Foto: Paul Ellis/AFP)
Singh Dhoni (Foto: Paul Ellis/AFP)

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Nesta quarta-feira, o Cruzeiro decide contra o Santos a vaga na final da Copa do Brasil. Com a vantagem de ter vencido o adversário por 1x0, no Mineirão, o time celeste precisará jogar com sabedoria para suportar a pressão na Vila Belmiro e retornar a Belo Horizonte com a classificação. Para atingir o objetivo, a Raposa contará também com a experiência do treinador Marcelo Oliveira, que alcançou a final do torneio em 2011 e 2012, à frente do Coritiba.

Com plantel modesto em relação aos clubes de maior porte financeiro do país, Marcelo comandou um time coeso e competitivo no ano de 2011, que fez com que o Coritiba disputasse a final da Copa do Brasil pela primeira vez na história. Após uma boa campanha também no Campeonato Brasileiro, os desafios aumentaram para o ano seguinte. Mesmo com saídas de jogadores importantes, o treinador remontou a equipe, e o bom desempenho se manteve, com a chegada em mais uma final do torneio de mata-mata nacional. Agora no Cruzeiro, o sonho da conquista permanece intacto para Oliveira. Caso o time passe pelo Santos, o técnico se tornará o quarto maior finalista da competição, ao lado de Levir Culpi e Vanderlei Luxemburgo (3 finais) e atrás de Luiz Felipe Scolari (5 finais).

– Foram competições muito marcantes na minha carreira pelas dificuldades superadas a cada fase que avançávamos. O envolvimento da torcida cada vez maior e a confiança dos jogadores tornou possível encarar outros clubes gigantes e se sobressair. Em 2012, tivemos uma realidade diferente, pois o Coritiba precisou reformular o grupo, mas os atletas continuaram com o mesmo espírito, fazendo grandes partidas e chegando com merecimento em mais uma final. Ficou a lamentação por batermos na trave e não coroarmos aquelas campanhas com o título. Mas, agora, vejo com felicidade essa oportunidade de conquistar com o Cruzeiro. É sempre muito difícil, temos que jogar jogo a jogo com muita humildade e persistência para conseguir os resultados. Tivemos uma boa lição contra o ABC, que demonstrou muita garra na fase anterior e vendeu caro a vaga. Agora, uma grande decisão contra o Santos, um adversário de alta qualidade, que tem também muitos talentos individuais. Com certeza, quarta acontecerá um confronto digno de Copa do Brasil e buscaremos jogar com inteligência para seguir em frente – declarou.

Essa semana também terá uma importância pessoal para a carreira de Marcelo Oliveira. Com 130 jogos à frente do Cruzeiro, o treinador superará, no próximo fim de semana, o total de jogos no comando do Coritiba. Foram 131 partidas disputadas com o Coxa, com aproveitamento de 62,3%. Já com o clube mineiro, o desempenho chega a 73,3% dos pontos disputados. Feliz com a trajetória percorrida até aqui, ele valoriza os números e acredita que essa realidade possa se tornar mais frequente no futebol brasileiro.

– É bom ultrapassar essa marca, pois, na época, considerei um período bom para os padrões brasileiros e agora há a chance de evoluir nesse sentido. O futebol é muito dinâmico e tudo pode mudar da noite para o dia, principalmente quando somente os resultados imediatos são tomados para uma avaliação. Mas acredito que, individualmente, precisamos também ter a vontade de desenvolver um trabalho em longo prazo. Quando a gente tem esse pensamento e ele vai ao encontro do planejamento do clube, as coisas começam a fluir de forma positiva. Até aqui, temos construído uma história muito bonita no Cruzeiro, e isso aumenta a vontade e a determinação de cada um. Passamos a querer estender isso, mantendo o dia a dia de uma atmosfera tranquila e uma união de forças que contagia todo o grupo positivamente na hora de se buscar os resultados – concluiu.

Com o total de jogos alcançados com o Cruzeiro, Marcelo já marca presença entre os dez treinadores que mais treinaram o time celeste na história. No Coritiba, ele deixou o clube em 2012 com o posto de terceiro técnico com mais jogos à frente da equipe.

Treinadores finalistas da Copa do Brasil (ao menos 2 decisões):
Luiz Felipe Scolari – 5 (91, 94, 95, 98 e 2012)
Vanderlei Luxemburgo – 3 (96, 2001 e 2003)
Levir Culpi – 3 (96, 98 e 2000)
Marcelo Oliveira – 2 (2011 e 2012)
Vagner Mancini – 2 (2005 e 2013)
Tite – 2 (2001 e 2009)
Mano Menezes – 2 (2008 e 2009)
Nelsinho Baptista – 2 (2003 e 2008)
Renato Gaúcho – 2 (2006 e 2007)
Abel Braga – 2 (2004 e 2005)
Péricles Chamusca – 2 (2002 e 2004)
Sérgio Cosme – 2 (92 e 93)

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