Mano diz que Brasil precisará de paciência para vencer a Bielorrússia

O Brasil precisará ter paciência e mostrar que aprendeu com erros do passado para vencer a Bielorrússia neste domingo, às 11h (de Brasília), em Manchester, pela segunda rodada do torneio olímpico de futebol. Essa é a avaliação do técnico Menezes, que vê semelhanças entre a forma de jogar dos europeus com a do México, adversário que derrotou o Brasil por 2 a 0 em amistoso no início de junho passado, em Dallas (EUA). 

Segundo o treinador, na ocasião a equipe foi afobada, não entendeu que o jogo mais fechado dos mexicanos exigia toque de bola e paciência, o que foi determinante para o insucesso. Como os bielorrussos tem um esquema também mais conservador, sem se atirar tanto ao ataque como fizeram os egipcios na estreia brasileira, a equipe terá que demonstrar que aprendeu com o acontecido.

- Se vocês estiverem lembrados, quando terminou o jogo (contra o México) eu disse que aquele derrota serviria como aprendizado. Agora temos adversário com essa característica e teremos que mostrar o que aprendemos com um adversário assim. Teremos que ter paciência se o gol demorar a aparecer. Contra o México não tivemos e nos expusemos.

O treinador detalhou um pouco do modelo de marcação do adversário deste domingo, que, conforme explicou Mano, atua com duas linhas de quatro mais recuadas, esperando mais no campo de defesa, agredindo menos que os egípcios. E ainda salientou o perigo da bola área dos bielorrussos, time mais alto entre os 16 participantes da competição. Foi em uma jogada pelo alto que saiu o gol da vitória dos europeus sobre a Nova Zelândia, na partida de estreia (1 a 0).

- Sempre se leva em consideração as características do adversário, não é possível olhar apenas para a nossa equipe. A Bielorrússia fez gol de bola parada, em escanteio. Essa seleção tem boa estatura. Trabalhamos bem escanteios e laterais e vamos estar preparados para isso.

Mano ressaltou que tem uma equipe que o abastece com imagens dos adversários, e também da própria Seleção, para que ele possa trabalhar erros e acertos com os jogadores. O fato de ter apenas dois dias de intervalo entre um jogo e outro no torneio não permite treinos intensos para evitar desgastar excessivamente a equipe e, por isso, o técnico tem que ter mais conversas com os atletas.

Além dos alertas em relação ao adversário em si, Mano chamou a atenção dos jogadores para o que chamou de 'relaxamento' da equipe do primeiro para o segundo tempo da partida diante do Egito. E assegurou:

- Tenho certeza que isso não acontecerá mais!

Mano, claro, vê com bons olhos a possibilidade de obter classificação antecipada para as quartas de final (para isso o Brasil precisa vencer e torcer para o Egito não derrotar a Nova Zelândia), porém diz que esse não é o pensamento prioritário:

- Na fase de grupos sempre se estabelecem alguns objetivos. O primeiro é a classificação, indispensável. Quando vem de forma antecipada é o ideal. Porque você na última rodada pode se conduzir. Mas não gosto muito de ficar pensando à frente. Baseado na experiência que temos no futebol não se descuida de nada. Vamos pensar na Bielorrússia como o adversário a ser batido na próxima rodada.

O técnico não adiantou o time que levará a campo no jogo de Old Trafford, mas a tendência é manter a formação que estreou com vitória. Assim, o Brasil deverá disputar o jogo com: Neto, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Damião.