Da irritação ao acordo, Kleina ganha respaldo e vira o técnico do centenário


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Durou mais de oito horas a reunião que definiu a renovação de Gilson Kleina com o Palmeiras até dezembro de 2014, que será formalizada nesta quarta-feira. O clube conseguiu contornar a insatisfação do treinador ao atender algumas de suas exigências - estipular uma multa rescisória alta, por exemplo - e prometer a montagem de um elenco capaz de brigar por títulos no ano do centenário.

Foi mais difícil que o esperado. O treinador, que sempre manifestou publicamente o desejo de comandar o Verdão em uma temporada tão importante, mudou de postura depois que a busca frustrada pelo argentino Marcelo Bielsa foi divulgada pelo LANCE!Net e confirmada publicamente pelo diretor-executivo José Carlos Brunoro, minutos após a derrota por 1 a 0 para o Paysandu, em Belém. Kleina foi colocado para conceder entrevista coletiva logo depois e sentiu-se exposto ao ser bombardeado com perguntas sobre o assunto.

Brunoro disse naquele dia que Gilson Kleina passara a ser a primeira opção, mas o encontrou arredio no dia seguinte. Ainda no hotel em Belém, o dirigente se propôs a iniciar as negociações para renovar, mas o técnico se recusou: avisou que só conversaria sobre o assunto na presença de seu agente, Anderson Suave, e externou sua insatisfação com a postura do dirigente, pedindo mais respeito para continuar.

A este encontro seguiram-se mais quatro reuniões, sendo que o salário virou o principal entrave. O Palmeiras ofereceu a Kleina um valor bem inferior aos R$ 300 mil mensais que ele ganha desde setembro de 2012, quando foi contratado por Arnaldo Tirone, mais bonificações por metas alcançadas. O clube foi subindo a proposta a cada encontro e, na última segunda-feira, ficou definido que a decisão final não passaria de terça.

Kleina, acompanhado de seus agentes, encontrou-se com Paulo Nobre e Brunoro e passou horas em busca de um acordo. O acerto saiu, mas ainda assim há desencontros quando o assunto é salário. Anderson Suave diz que não houve redução, enquanto pessoas ligadas à diretoria apontam que o novo salário do comandante será de R$ 200 mil, podendo chegar aos R$ 400 mil em caso de títulos ou vaga na Libertadores.

A partir desta quarta, o planejamento para 2014 será colocado em prática. Isso inclui a contratação de reforços –  Suave diz que alguns nomes já foram abordados na reunião de terça – e a renovação dos contratos de boa parte do elenco atual. Jogadores como Márcio Araújo, Vilson e Leandro agradam a Kleina e a diretoria deve se esforçar para mantê-los.


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