Dia 01/03/2016
03:31
Compartilhar

Quis o destino que o então presidente do Internacioal, Fernando Carvalho, ainda nutrisse o desejo de contar com Fernandão, que era observado desde as categorias de base do Goiás, em 2004. Quis o destino que Fernandão entrasse para a história do Internacional logo em sua estreia. Quis o destino que Fernando Lúcio da Costa se transformasse em mito, virasse uma lenda no Colorado.

Fernandão veio a falecer exatamente um ano atrás, se tranformando, de fato, de uma lenda para a torcida que tanto o venera. Veneração que só aumentou desde o fatídico 7 de junho de 2014, dia em que ele e outras quatro pessoas morreram após acidente de helicóptero em Aruanã, Goiás. Veneração que teve início em seu primeiro jogo com a camisa colorada: logo um Gre-Nal, no dia 10 de julho de 2004. Gre-Nal que o faria entrar para a história. Caberia a ele marcar o gol de número 1000 do clássico. Era o início de uma história de dedicação, amor e conquistas. Muitas conquistas.

Era um sábado, dia de 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Dia de Gre-Nal. O empate sem gols persistia no Gre-Nal 360. Para a etapa final, o então técnico colorado Joel Santana, sacou o zagueiro Wilson para promover a estreia de Fernandão, exatos 25 dias após ter sido oficializado como reforço vindo da França. Após fazer história no Goiás, ele havia defendido o Olympique de Marselha e, por empréstimo, o Tolouse.

Fernandão ingressou no gramado com a camisa de número 18. Com poucos minutos, sofreu a falta que Alex cobraria para Vinicius marcar o gol 999 do clássico. Eis que, aos 33 minutos, Elder Granja cruzou da direita e Fernandão, de cabeça, venceu Tavarelli. Ele viria a se ajoelhar no gramado para, na sequência, ser avisado por Rafael Sobis que acabava de marcar o milésimo gol do Gre-Nal. Fernandão estava na história.

– Era um jogador muito coletivo, de grande habilidade, de muita qualidade nas questões táticas. Marcou muitos gols decisivos e marcou época principalmente pela liderança, sempre conscientizando os companheiros nas grandes decisões. Foi um jogador fundamental para nós – destacou o ex-presidente colorado Fernando Carvalho, ao LANCE!, antes de completar:

– É o maior jogador da nossa história. Uma pena que ele tenha nos deixado tão cedo, sendo a pessoa que ele foi.


Siga o Lance! no Google News