Dia 28/10/2015
05:01
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A grande esperança da Portuguesa na Série B do Campeonato Brasileiro está nos pés de Dodô desde 14 de junho, quando ele foi apresentado como principal reforço da Lusa para a temporada e, com muita festa da torcida, prometeu recolocar o clube na elite do futebol brasileiro.

No entanto, a equipe lusitana não depende apenas dos gols bonitos do atacante, neste sábado, às 17h, contra o Sport, na Ilha do Retiro, para conseguir a classificação à Série A. Além da vitória, é preciso torcer também por uma derrota do América-MG, que joga no mesmo horário contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, em Campinas.

Apesar dos seis gols em nove jogos (média de 0,6 gol por jogo), faltou sorte a Dodô e para a Lusa este ano. Enquanto o camisa 7 conviveu com lesões, o time perdeu jogos decisivos, principalmente no Canindé, que fizeram a Lusa sair da liderança da Segundona para as posições intermediárias da tabela.

– A Portuguesa montou um bom time para subir. Se não conseguirmos o acesso, será uma decepção para todos nós – afirma o atacante.

Nessa entrevista exclusiva ao LANCENET!, o artilheiro dos gols bonitos deixa em dúvida sua permanência na Portuguesa na próxima temporada, mas reafirma que mantém o mesmo sentimento desde que pisou no Canindé pela primeira vez: a esperança do acesso.

Confira os principais trechos:

LANCENET!: Você chegou na Portuguesa com a missão de subir para a Série A, e agora o time precisa vencer e torcer por uma derrota do América. Porque todo esse sufoco?
Dodô: Em algum momento do campeonato nós não soubemos manter a regularidade e as boas apresentações que tivemos no começo da competição. Eu acho que foi isso que nos prejudicou muito. Se você analisar, se o nosso desempenho nesta reta final fosse mantido durante toda a Série B, seria mais do que suficiente para garantir o acesso para a Primeira Divisão.

L!: Se a Lusa não conseguir o acesso, você ficará decepcionado?
Dodô: Vai ser uma decepção para todos nós. A Portuguesa investiu muito para subir. Montou um bom time, pagou os jogadores, os funcionários em dia e deu todas as condições para que fizéssemos o nosso melhor. Vai ser algo frustrante para todos se não subirmos, mas ainda há esperança e não vamos deixar de buscar o acesso, isso eu posso garantir.

L!: Como está sendo essa sua experiência na Portuguesa? Ainda mantém a ideia de encerrar a carreira vestindo a camisa do clube?
Dodô: Aqui está sendo muito bom para mim. Estou em um lugar onde sou querido por todos e há condições para trabalhar. Além disso, estou muito próximo da minha família, que mora em São Paulo. Gostaria de continuar jogando na Lusa. Porém, não sei como será no fim do ano, pois em dezembro acontecerá a eleição no clube, então não sei como serão as coisas depois disso tudo...
Nota da redação: A eleição para presidente da Portuguesa será em 14 de dezembro.

L!: Sua permanência na Portuguesa ou até mesmo no futebol depende desse acesso para a Série A?
Dodô: Ainda não conversamos sobre isso. Vamos ver o que vai acontecer em Recife e, depois, na eleição para presidente do clube. Eu tenho vontade de ficar, mas vamos ver.

L!: Você teve muitas lesões este ano. Acredita que se não fossem elas, a situação estaria mais confortável na Segunda Divisão para o clube?
Dodô: Eu sofri mesmo com as lesões este ano. Tive várias, e quase todas foram coisas que eu nunca havia tido. É algo que nunca tinha acontecido na minha carreira de jogador de futebol. É difícil falar se as coisas teriam sido diferentes, mas eu gostaria de ter ajudado mais do que ajudei.

L!: O que você pensa para a próxima temporada?
Dodô: Para ser sincero, não sei como será a próxima temporada para mim, mas tenho pretensão de jogar por mais um ano. Ainda não sei por qual clube, mas quero continuar.

L!: A Portuguesa mostrou algo que você ainda não tinha visto em sua carreira de jogador de futebol?
Dodô: Ah, eu nunca havia jogado a Série B, né? É um campeonato que eu não tinha disputado ainda na minha carreira, mas que eu gostei de jogar. Vivenciei novas experiências, mas nada muito diferente do que já vi no futebol. A Série B hoje está muito bem e não deve tanto para a Série A.

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