Brasil supera provocações, vence a Rússia e vai à semi da Liga Mundial

Brasil x Rússia (Foto: Divulgação)
Brasil x Rússia (Foto: Divulgação)

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Um confronto marcado pela rivalidade e pelo alto nível. Foi assim o Brasil x Rússia que abriu a fase final da Liga Mundial de Vôlei para a equipe do técnico Bernardinho. Teve provocação, gritos na cara e cartão amarelo. Mas os brasileiros não se abateram e começaram a briga entre os seis melhores pelo título com vitória sobre os atuais campeões por 3 sets a 1, parciais de 26-24, 22-25, 25-23 e 25-22, nesta quinta-feira, em Florença (ITA). Com o resultado, a equipe está classificada à semifinal.

Assim como nas partidas anteriores, o oposto Wallace foi o nome da Seleção em quadra ao anotar 23 pontos, seguido pelo ponteiro Murilo, com 14. O bloqueio foi um fundamento-chave para a vitória: a equipe verde-e-amarela conseguiu parar o ataque russo 12 vezes. O temido Muserskiy, de 2,18m, não assustou tanto desta vez. O oposto Pavlov, com 18 pontos, foi o maior destaque do lado vermelho.

Maior campeão do torneio, com nove conquistas, o Brasil volta à quadra nesta sexta-feira, às 12h30 (de Brasília), para encarar o Irã. A briga agora é para terminar em primeiro e encarar o segundo colocado da outra chave. Ainda nesta quinta-feira, os Estados Unidos jogam contra a Austrália, às 15h30, pelo Grupo H.

No caso de uma vitória por 3 a 1 ou 3 a 0 sobre o Irã, o Brasil chegará a seis pontos e classificará a Rússia em segundo, com dois. Se triunfar por 3 a 2, os asiáticos e os europeus empatarão com dois, e a decisão será pelo saldo de sets.

O JOGO

Contra um rival temido como os russos, o Brasil não tinha alternativa senão impor ritmo intenso desde o início. Foi o que fizeram os comandados de Bernardinho. Principalmente Wallace. O saque, sempre forçado, muitas vezes não entrava. Mas o passe permitia ao levantador Bruninho encontrar jogadas efetivas diante do forte bloqueio do rival. Perigo? Só mesmo na reta final. Em um erro do oposto brasileiro, os russos abriram 23-22. Mas ele mesmo recuperou a vantagem. A vitória, por 26-24, veio em um ataque potente de Lucarelli.

Os primeiros pontos do segundo set deram a entender que o Brasil voltaria no embalo. A equipe logo abriu 4-1. Em seguida, porém, estacionou. Em poucos minutos, os russos viraram para 5-4. De quebra, o técnico Andrey Voronkov mandou para o jogo um de seus atletas mais polêmicos. Destaque na vitória contra o Irã, Spiridonov, o "Tintim", não hesitou em comemorar de frente para os brasileiros. A mudança deu ainda mais ânimo para os europeus, que abriram quatro de vantagem. Após um saque potente, Biriukov matou de xeque para igualar o duelo, com 25-22.

A disputa ficou mais acirrada. As provocações do russo continuaram. Mas Sidão respondeu com eficiência nas bolas rápidas pelo meio e atacou bem para fazer 8-7. No bloqueio, o central aumentou a diferença para três pontos. A Rússia não se entregou. Aproveitando-se dos contra-ataques, buscou ponto a ponto até voltar à frente. Porém o Brasil teve tranquilidade mesmo atrás no placar. Em um saque que beliscou a rede, Sidão diminuiu e obrigou Voronkov a pedir tempo. Mas só deu Brasil. Dois bloqueios e um contra-ataque de Lucarelli explorando o bloqueio encaminharam o triunfo por 25-23.

Nem a desvantagem diminuiu a intensidade dos russos. Eles voltaram dispostos a levar a partida para o tie-break. Mas os brasileiros chegaram à primeira parada técnica à frente, com ataque forte de Lucarelli na diagonal. Confiantes, os brasileiros mantiveram a intensidade. Sidão e Murilo apareceram no ataque, tornando mais difícil a marcação dos russos. A vitória, como não poderia deixar de ser, veio numa pancada de Wallace, pela saída de rede: 25-22.

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