Há exatos 20 anos, o atacante Ronaldo saía do São Cristóvão para o Cruzeiro, aos 16 anos de idade, onde apareceu em grande estilo para o Brasil e o Mundo. No mesmo estádio onde o maior artilheiro de todas as copas deu seus primeiros passos no futebol de campo, muitos jovens tentam seguir o caminho do Fenômeno, lembrado até hoje em uma pintura acima de um dos gols do campo principal do clube.
Jogadores que eram recém-nascidos quando Ronaldo saiu do São Cristóvão se inspiram na trajetória do craque para realizar seus sonhos pessoais e profissionais. Dar uma garantia para os familiares e construir uma carreira vitoriosa em grandes clubes é o principal objetivo das promessas do clube.
- É bom começar no lugar de onde ele saiu. É uma inspiração de ser um novo Ronaldo, o novo fenômeno. Isso alimenta o meu sonho de jogar em um time grande aqui do Brasil, sendo um grande jogador e ajudar a minha família – declarou o meia-atacante Rodrigo Sant’Ana, que tem 20 anos e chegou recentemente ao clube para disputar o Torneio Otávio Pinto Guimarães.
A força de vontade durante a carreira de Ronaldo, principalmente durante suas lesões, também servem de exemplo para os garotos. O camisa 10 da equipe, o meia Edil, de 20 anos, admira o jogador que se aposentou no Corinthians pelo seu talento e a capacidade de passar pelos obstáculos da vida.
- É difícil ter uma boa carreira como a dele, ainda mais com as lesões. Todo mundo viu o que ele fez no Real Madrid mesmo depois de ter uma contusão grave. Depois ele se machucou de novo e ninguém acreditava mais nele, ele voltou pelo Corinthians sendo decisivo. É um exemplo de superação.
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Em um momento delicado financeiramente, o São Cristóvão disputou a terceira divisão do Campeonato Carioca, pela primeira vez, neste ano, mas não conseguiu subir para a segundona. O Torneio Otávio Pinto Guimarães é a última chance do campeão carioca de 1926 conseguir um resultado expressivo em 2013, possibilitando um alívio financeiro com premiações e a negociação de alguns jogadores. Mesmo com planos modestos, o passado de glórias do Cadete, como é conhecido o clube, é citado pelos atletas.
- O São Cristóvão tem um nome e uma história para zelar. Hoje o time não está lá em cima, mas os pequenos respeitam a gente. Somos os maiores entre os menores. Isso é uma grande responsabilidade para todos nós que vestimos esta camisa – comentou o meia Edil, que deu uma assistência e marcou um gol no empate contra o Friburguense, no último domingo.
A atual diretoria do São Cristóvão impõe uma filosofia de reestruturação, tendo o foco na revelação de jogadores na base. O clube está longe da elite do Rio de Janeiro desde 1995, quando pela última vez disputou a primeira divisão do Campeonato Carioca e disputará a terceira divisão em 2014.