Thiago Wild destaca sonho realizado, mas finca os pés no chão

Tenista não quer se deslumbrar após conquista inédita para o Brasil

Thiago Wild
Garrett Elwood/USTA

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Atleta do Instituto Tennis Route, do Rio de Janeiro, Thiago Wild, de 18 anos, entrou para a história do tênis brasileiro neste domingo ao conquistar o título do US Open juvenil, o último Grand Slam do ano, disputado no piso duro em Nova York, nos EUA.

O tenista de natural de Marechal Candido Rondon (PR), atleta patrocinado pelo Itaú e Rede através de projeto via Lei de Incentivo pelo Ministério do Esporte do Governo Federal, derrotou o italiano Lorenzo Musetti, 18º colocado, com parciais de 6/1 2/6 6/2 após 1h18min em partida disputada na quadra Louis Armstrong, a segunda principal do torneio americano.

É a primeira vez que um brasileiro ganha o título juvenil do US Open em simples, segunda vez que vence um Grand Slam na categoria - Tiago Fernandes venceu o Australian Open em 2010.

A campanha de Thiago teve vitória contra o número 1 do mundo, o taiwanês Chun Tseng na semifinal marcando 6/2 6/4. Tseng estava invicto desde a derrota na final do Australian Open. Havia conquistado Roland Garros e Wimbledon na sequência. Wild começou a série derrotando o americano Zane Khan, 107º, por 6/7 (9/7) 6/1 6/3. Na segunda rodada superou o tcheco Jiri Lehecka, 29º colocado, por 6/4 6/2, nas oitavas bateu o britânico Aidan McHugh, 33º, por 6/4 6/1 e no mesmo dia superou o japonês Taisei Ichikawa, 54º, por 7/6 (7/3) 6/4 nas quartas de final.

"Terminando minha carreira juvenil ganhando um título de Grand Slam, muito importante pra mim e minha equipe. É um sonho de criança que tinha vencer um Grand Slam e poder estar com meu nome nos grandes torneios. Era minha última chance no juvenil nesse nível, agora daqui pra frente é manter os pés no chão e trabalhando com minha equipe da Tennis Route que me apoia desde meus 14 anos principalmente com meus técnicos Arthur Rabelo, João Zwetsch, Duda Matos, Alex Matoso (preparador físico) além do Carlão (Costa) que está aqui também", disse Wild que retorna ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira e nos próximos dias inicia preparação para uma série de challengers pela América Latina e América do Sul a partir do fim de setembro.

"Acho que essa conquista não muda nada para mim, tenho que seguir na mesma linha de trabalho, seguir na mesma pegada. Pode ser que algumas portas se abram para mim como patrocínio e mídia, mas isso não vai mudar minha cabeça e meu foco que é no profissional que é onde poderei viver do tênis e atingir objetivos de ser um dos melhores do mundo", seguiu Wild.

"O mais importante que fez ele ir tão bem foi a capacidade de se ordenar mentalmente, não perder o foco, ficar com o que ele tinha o que fazer. Hoje foi mais difícil, ele sentiu uma tensão no segundo set, é normal ter uma queda, ele se assustou um pouco, mas depois conseguiu voltar", disse Arthur Rabelo, técnico que o acompanhou em Nova York: "Tem toda uma engrenagem funcionando na Tennis Route, eu o João Zwetsch, o Duda Matos, o Martin Gando, o João Paulo que ajudam muito e ja viajaram com ele, o Alex Matoso na preparação física, a família que está no Rio de Janeiro apoiando, dando todo o suporte, dá total liberdade a ele para que a gente possa fazer o melhor trabalho e o Rogério Melzi que ajuda a todos na academia", completou Rabelo.

Wild vem fazendo uma ótima temporada com semifinal em Roland Garros e vem focando a temporada no profissional onde tem um título em São José do Rio Preto (SP) e um vice em Curitiba (PR) e está dentro dos 500 melhores do mundo.

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