Dolgopolov se une a exército para proteger Kiev dos russos

Ex-tenista passa por treinamento militar na Turquia e está preparado para atirar a uma distância de 25 metros

Alexandr Dolgopolov  chega à capital da Ucrânua
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Há exatos 11 meses, o ucraniano Alexandr Dolgopolov, ex-top 13 da ATP, anunciada a sua aposentadoria do tênis profissional. Então, aos 32 anos, Dolgopolov não vencia a lesão no ombro, que o impedira de competir desde Roma em junho de 2018.

Nesta quarta-feira, Dolgopolov compartilhou em sua conta no Instagram que acaba de chegar em Kiev, capital de seu país, para se juntar às forças de segurança para defendê-la da invasão do exército russo.

Em sua publicação, Dolgopolov explica que estava fora do país em 24 de fevereiro quando se iniciou a invasão de sua terra natal por parte do exército russo e que nesse momento passou a se questionar sobre como agir.

"A guerra me pegou na Turquia. Cheguei lá um dia antes de tudo começar e levei minha irmã e mãe. Por quê?"

"Porque após muitas informações das melhores agências de inteligência do mundo e muita descrença em casa, entendi que as chances de uma guerra, com ataques a Kiev e em todo o país, eram muito grandes. Então perguntei a mim mesmo o que aconteceria nos primeiros dias/semana", iniciou seu relato.

Dogpolov explica que pensou que era certo "o pânico generalizado" e que sua missão nos primeiros dias era informar a verdade sobre "esse inferno" e "reunir dinheiro ao invés de estar dedicando tempo a salvar minha família".

O ex-tenista conta que por cerca de 7 dias teve aulas de tiro com um ex-oficial militar. "Não sou Rambo em uma semana, mas estou um pouco confortável com armas e posso atirar de 3 a 5 vezes na cabeça, numa distância de 25 metros, isso com calma e no ambiente de treino", relevou ele que ainda agradeceu o apoio dos amigos na Turquia.

Treinado, o ucraniano qu já estava pedindo por doações de valores a amigos e seguidores do ocidente através de seu instagram, relatou que iniciou a viagem de volta para casa com alguns americanos que planejavam lutar na Ucrânia. Para se reunir ao grupo, comprou coletes à prova de balas, algumas vestimentas militares e foi para Zagreb, capital da Croácia, onde compraram outras coisas que precisavam, incluindo monóculos termais, que identificam oscilações de calor.

Dolgopolov relata que viajou pela Europa e entrou na Ucrânia através da fronteira com a Polônia e chegou hoje a Kiev.

"Essa é a minha casa e irei defendê-la! Com todos os que ficaram. Muito obrigada e todo o respeito às pessoas famosas que estão em solo. Todo o respeito e eu estou orgulhoso de como esse país é unido, mesmo sob a pressão de um ditador maluco. A verdade está por detrás da nossa terra! Estarei em Kiev até a nossa vitória e depois. Glória à Ucrânia", finalizou o ex-tenista.

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