L! Espresso: Tite acerta ao usar a Copa América como laboratório

O título agora não importa: é hora de evoluir como time para a próxima Copa do Mundo

Brasil x Peru
MAURO PIMENTEL / AFP

Escrito por

Na Copa América passada, Tite precisava do título no em casa para evitar pressão sobre o seu trabalho, questionado após a Copa do Mundo, ainda que os resultados acumulados continuavam sendo positivos.

Agora, o técnico conseguiu colocar em prática algo que se tornou obrigatório ao disputar o torneio completamente fora de propósito organizado pela Conmebol em meio à pandemia: rodar o elenco convocado e testar variações táticas.

Ainda que as experiências sejam contra adversários no máximo razoáveis na América do Sul, o laboratório se torna obrigatório em um cenário com cada vez menos amistosos contra as seleções mais fortes da Europa, que nas datas Fifa agora disputam a Liga das Nações, um torneio bienal organizado pela Uefa.

Tite já colocou Neymar mais perto da meia, Gabigol titular como 9 de ofício, Paquetá como referência na criação, revezou os goleiros e testou laterais com características diferentes, como Renan Lodi e Alex Sandro. Todas estas experiências são necessárias para ter um esquema tático mais flexível para a Copa do Mundo no Qatar, onde o Brasil não chegará como favorito contra seleções como França, Bélgica, Espanha, entre outras.

A seleção hoje tem um elenco de qualidade, mas Neymar continua sendo o maior diferencial. Se evoluir como time, a dependência tende a diminuir e a seleção pode encurtar a distância para as potências da Europa. Dentro deste processo, o título da Copa América é absolutamente irrelevante.

O LANCE! Espresso é uma newsletter gratuita que chega de manhã ao seu e-mail, de segunda a sexta. A marca registrada do jornalismo do LANCE!, com análises de Fabio Chiorino e Rodrigo Borges. Clique aqui e inscreva-se.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter