Carlo Ancelotti teve uma conversa individual com Vini Jr em um dos treinos da Seleção Brasileira desta semana, em Londres. Foi sob o comando do treinador italiano que o atacante despontou no Real Madrid. Nesta sexta-feira (14), véspera do amistoso do Brasil com Senegal, Ancelotti foi perguntado sobre a conversa e disse que o tema teve caráter "pessoal, não tático".
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Um dos principais nomes da Seleção Brasileira e jogador de confiança do treinador, Vini Jr. não tem conseguido repetir pela equipe nacional as grandes exibições que o consagraram no Real Madrid. Há quem diga que isso possa ser reflexo da posição em que atua, e Ancelotti comentou sobre o tema.
— Eu quero falar com todos para conhecer o pensamento dos jogadores. Em termos de tática também. Com os jogadores você tem que falar o que quer fazer, e o que os jogadores pensam dessas coisas. É muito importante. Na minha experiência, na minha carreira, muitos jogadores me dão ideias a nível tático para que o jogador fique confortável na posição. Isso é um aspecto muito importante — declarou Ancelotti, em entrevista concedida no Emirates Stadium, em Londres
— Eu nunca vou forçar um jogador a jogar na posição que eu quero; quero colocar o jogador na posição onde ele se encontra mais confortável. Com Vinícius, não era esse o tema. Era um outro tema, mas a nível pessoal e não tático.
Ancelotti fala sobre blindagem da Seleção em relação ao extracampo
Em outro momento da entrevista, Carlo Ancelotti respondeu sobre como a comissão técnica faz para tentar blindar os jogadores de temas não relacionados ao futebol durante o período em que o grupo está com a Seleção Brasileira.
— Creio que há coisas positivas que entram no grupo, e coisas negativas que entram de fora do grupo. Temos que confiar. Confio muito no profissionalismo e na seriedade do indivíduo, do jogador. Isso deve ser muito importante — comentou Ancelotti.
O treinador da Seleção Brasileira sugeriu que haverá uma preocupação maior com isso no Mundial do próximo ano.
— Blindar o grupo no período da Copa do Mundo é muito, muito importante. Mas eu vejo um time, como eu disse, que não olha muito o telefone. Isso é bom. Falam muito entre eles, há uma boa relação, há companheirismo entre eles. Neste ambiente, até agora, o telefone fica fora do vestiário, da sala de refeições. Isso é positivo.