ANÁLISE: Vitória com placar magro é lição visando a Copa do Mundo

Seleção Brasileira teve dificuldades para vencer o Japão em cenário que pode se repetir no fim do ano. Marquinhos citou que vencer 'só por 1 a 0' é importante para sequência

Japão x Brasil
Contra o Japão, Brasil não teve atuação tão brilhante como contra a Coreia do Sul (Foto: Lucas Figueiredo / CBF)

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O resultado não foi dos mais exuberantes, mas a maior lição que fica na vitória da Seleção Brasileira sobre o Japão é que o desempenho não pode ser a única busca pela excelência. Em ano de Copa do Mundo, o time de Tite mostrou que às vezes pode agradar mesmo que não dê show.


Diferentemente da partida contra a Coreia do Sul, quando venceu por 5 a 1 na última semana, a Seleção Brasileira encontrou dificuldades para furar a boa marcação japonesa. Quando conseguia, o goleiro japonês Gonda fazia boas intervenções. Quando a bola passava por ele, a trave impedia o gol.

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Pela primeira vez Tite pôde utilizar o quarteto que considera ideal na frente desde o início, com Lucas Paquetá, Raphinha, Neymar e Vini Jr. Com muita movimentação no setor ofensivo, o camisa 10 atua como "falso 9", abrindo espaço para as chegadas do meia do Lyon. Nas pontas, os outros dois atacantes tiveram liberdade para criar.

Japão x Brasil - Tite
Tite afirmou que Brasil teve atuação sólida contra os japoneses (Foto: CHARLY TRIBALLEAU / AFP)

Diante de um time bem postado dos Samurais, que ocupam a 23ª colocação do ranking da Fifa, a equipe comandada por Tite teve uma prévia do que pode encontrar no Mundial.

- Era o esperado, foi um confronto difícil. Creio que nossa atuação no jogo passado foi melhor e isso acabou facilitando nosso jogo. Hoje no começo erramos alguns passes, tendo erros que deram confiança para a seleção do Japão - disse Marquinhos à "Globo" após o jogo antes de completar:

- A bola estava rápida, o campo estava rápido. Foi um jogo muito bom para a gente, um teste com dificuldades. O Japão está pronto para o Mundial, pode ser um dos adversários. Às vezes temos que saber que o resultado não vai ser brilhante, mas é como se fosse Copa do Mundo e tem que saber sair com o 1 a 0. Essa é a mentalidade.

No Qatar, o Brasil enfrentará Camarões, Sérvia e Suíça na fase de grupos. Em 2018, a Seleção encarou os dois europeus na primeira fase e não teve vida fácil. Contra os sérvios, vitória por 2 a 0, apesar de não ter facilidade. Contra os suíços, empate em 1 a 1 na estreia. Para este ano, a expectativa é que novamente os duelos sejam parelhos.

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Se a Seleção Brasileira de fato quiser o sexto título mundial, a mentalidade, como bem frisou Marquinhos, terá de ser colocada à frente da vaidade por um jogo bonito em determinadas situações. E o 1 a 0, por vezes, é goleada.

* Estagiário, sob a supervisão de Aigor Ojêda.

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