Weverton comenta titularidade na Seleção e nega chateação por não-liberação do Verdão para Olimpíada

Goleiro esclareceu que entende e respeita decisão do clube de barrá-lo dos Jogos Olímpicos

Weverton
Weverton concedeu entrevista coletiva na concentração da Seleção Brasileira (Reprodução / Conmebol)

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O goleiro Weverton concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22) e comentou sobre a oportunidade de iniciar uma partida como titular da Seleção Brasileira na Copa América. Dando sequência ao revezamento na posição, Tite dará uma chance ao goleiro do Palmeiras na partida contra a Colômbia nesta quarta-feira (23).

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– A gente sabe realmente o quanto é concorrida a posição de goleiro, e sempre foi em todo o histórico da seleção brasileira. É procurar fazer o melhor, agarrar a oportunidade, fazer um grande jogo, manter o nível que todos estão tendo, aproveitar a oportunidade e se firmar, que esse é o objetivo – iniciou Weverton.

Embora frequentemente convocado à Seleção, sendo este o 25º chamado de sua carreira, o arqueiro tem apenas quatro jogos disputados com a amarelinha principal. Os dois últimos ocorreram nos confrontos contra Bolívia e Peru pelas Eliminatórias em outubro do ano passado. Desde a primeira convocação, o camisa 21 disputa a vaga com Alisson e Ederson, que estão há mais tempo na lista de Tite.

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– Eu acho que o Tite ele é detalhista, mas acredito que esse não seja um fator determinante para a minha oportunidade, mas sim uma programação da comissão pelo que eles têm acompanhado tanto no clube quanto na Seleção. A Colômbia é muito forte, assim como os outros adversários. Espero manter o padrão, fazer um grande jogo, manter o nível de atuação bom para que a gente possa buscar mais uma vitória - pontuou.

Campeão olímpico em 2016, na conquista da primeira medalha de ouro da história do Brasil no futebol masculino, Weverton foi fundamental, tendo defendido um pênalti na final contra a Alemanha. O goleiro chegou a estar no radar do treinador André Jardine para os Jogos Olímpicos de Tóquio, mas ele não foi liberado pelo Palmeiras.

O Verdão barrou a participação do jogador na competição por entender que seria muito prejudicado por sua ausência para além da Copa América. Vale lembrar que, por não se tratar de Data Fifa, a Olimpíada não implica obrigatoriedade de apresentação dos atletas à Seleção, ficando a encargo da decisão interna entre clube e jogador.

– Eu digo que ser lembrado na Seleção, seja olímpica ou principal, é motivo de muito orgulho. Fico muito feliz quando vejo meu nome ligado a isso, sendo cotado para estar na Seleção, mas eu entendo toda as decisões que foram tomadas, estou muito contente e respeito as decisões. Sei o quanto foi importante para mim ganhar aquele ouro (em 2016), e vou estar na torcida por ele. Quando acabar a Copa América, vou voltar ao Palmeiras com alegria, com prazer de vestir a camisa. Agora só vou pensar na Seleção, depois penso no Palmeiras – declarou o goleiro.

Ainda em relação isso, Weverton negou qualquer tipo de chateação com o Alviverde e citou que a definição da sua não-ida foi tomada com muita clareza e respeito entre as partes. Ao final, ele também elogiou o goleiro Santos, que é seu amigo pessoal e foi seu sucessor no Athletico, sendo agora seu substituto na Seleção Olímpica.

– Isso sempre foi muito tranquilo, sempre vi meu nome sendo falado para jogar outra Olimpíada. Foi uma decisão que foi tomada com tranquilidade por todos e respeitada. Defender a Seleção é sempre motivo de orgulho, mas a gente precisa entender o lado do clube, as necessidades do clube. Quando voltar para o Palmeiras, vou voltar feliz por retornar e estar junto com meus companheiros de novo. Vou torcer para o Brasil conquistar mais um ouro, ainda mais tendo o Santos. O mais importante é ter um amigo que tenho certeza que vai fazer uma grande Olimpíada - concluiu.

A titularidade da meta brasileira na próxima Copa ainda está em aberto. Além de testar na fase de grupos da Copa América, Tite deve seguir alternando os jogadores para chegar ao dono da posição. O goleiro do Verdão falou sobre a expectativa de ser chamado, pela primeira vez, para a competição e, inclusive, tendo a chance de atuar como titular.

– Esse tem sido um período longo, importante para nós jogadores, e também acredito que para a comissão também poder observar com mais atenção e mais tempo todos os jogadores. Normalmente, as datas Fifa têm dez dias, é tudo mais corrido. Hoje eles conseguem observar mais e fazer mais treinamentos. Mas também sabemos que até a Copa ainda tem muito tempo, toda uma temporada e muita coisa pode acontecer. Nesse período não vai se cravar nada, mas pode dar um passo. Ainda tem toda uma temporada e aí você tem que fazer grandes jogos pelo teu clube, merecer estar na Seleção e ter uma oportunidade na Copa.

O Brasil vai a campo, com Weverton no gol, nesta quarta-feira às 21h00 (horário oficial de Brasília) no Engenhão para enfrentar a Colômbia pela quarta rodada da fase de grupos da Copa América.

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