L! Espresso: A era de Leila Pereira no Palmeiras: chegar ao topo é tão difícil quanto se manter por lá
A presidente sabe que a calmaria pode virar um tsumani na primeira sequência de derrotas
Leila Pereira acabou de assumir a presidência do Palmeiras e já tem um trunfo: em sua primeira entrevista após a eleição, anunciou a permanência do técnico Abel Ferreira por pelo menos mais uma temporada, encerrando a angústia da torcida alviverde.
A dirigente foi além e prometeu mais reforços ainda este ano e um time forte para a disputa do Mundial de Clubes, em fevereiro. A mandatária também se antecipou e falou sobre temas mais sensíveis, afirmando que o clube pode aceitar um patrocinador máster que não seja o grupo Crefisa (difícil de acreditar) e que, sob sua gestão, não há chances de o Palmeiras virar uma sociedade anônima.
Leila sobe ao posto mais alto da política do Verdão no momento de lua-de-mel entre time e torcida, com o bicampeonato da Libertadores ainda fresco na memória.
Mas o sucesso dos últimos anos também projeta a pressão de, no mínimo, manter o Palmeiras no ciclo vitorioso que se firmou na gestão de Maurício Galliote, que acumulou inequívocos acertos, como o equilíbrio financeiro, a aposta efetiva nas categorias de base e, claro, a chegada de um estrangeiro para mudar a mentalidade do comando técnico.
Leila Pereira tem o caminho pavimentado para mais alguns anos de glória, mas sabe como ninguém como a calmaria pode virar um tsumani na primeira sequência de derrotas. Pra triunfar, terá ainda que provar ser capaz de separar a presidência de seus negócios, um conflito evidente nesta gestão.
O Palmeiras é hoje um dos gigantes do futebol brasileiro. Mas chegar ao topo é tão difícil quanto se manter por lá.
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