Vôlei: Seleção masculina perde para os russos e cai para terceiro no Grupo B da Olimpíada de Tóquio

 Brasil para no eficiente bloqueio russo e sofreu a sua primeira derrota nos Jogos de Tóquio

Brasil x Rússia - Vôlei - Olimpíada de Tóquio 2020
Brasil não foi páreo para o Comitê Olímpico Russo (Foto:ANGELA WEISS / AFP)

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Com dificuldade na virada de bola, o Brasil parou no eficiente bloqueio russo – que ainda sacou e defendeu muito bem – e sofreu, nesta quarta-feira, sua primeira derrota no torneio de vôlei masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com um saque que incomodou pouco o rival e jogando com passe B e C durante boa parte do tempo, a equipe brasileira tornou a distribuição previsível e perdeu para o Comitê Olímpico Russo por 3 sets a 0 – parciais de 25-22, 25-20, 25-20 -, pela terceira rodada da fase classificatória do Grupo B. 

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O resultado fez o Brasil cair para a terceira posição na chave, com 5 pontos, atrás dos russos, que lideram invictos com 9 pontos, e os Estados Unidos, que têm 6. Os quatro primeiros colocados avançam para as quartas de final. Confira abaixo a classificação dos dois grupos. Os norte-americanos são os próximos adversários da equipe brasileira, quinta-feira, às 23h (horário de Brasília). Depois dos EUA, o Brasil tem pela frente a França, sábado, no mesmo horário. 

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Volkov foi o nome do jogo, com 19 pontos, seguido por Mikhaylov, com 15. Pelo Brasil, os Lucão fez 9 pontos e Maurício Souza, 7. Os russos foram superiores no ataque, na defesa, no bloqueio e no saque. Os europeus marcaram 44 pontos de ataque, 12 de bloqueio, erraram 25 vezes e fizeram 4 aces. O Brasil fez 28 pontos de ataque, 6 de bloqueio, 3 de saque e errou 15 vezes.


O técnico Renan Dal Zotto escalou o Brasil com Bruninho, Wallace, Lucão, Maurício Souza, Leal, Lucarelli e Thales (líbero). O Brasil começou bem, conseguindo colocar as bolas no chão, e abriu 20 a 18 no primeiro set. Mas, sem passe, passou a jogar demais pelas extremidades e, com seis pontos de bloqueio, os europeus viraram e venceram a parcial por 25 a 22.

Cachopa entrou no segundo set no lugar de Bruninho e Renan começou a saga de substituições, em busca de uma reação, que acabou não acontecendo. Bem marcado, o ataque brasileiro não conseguia colocar as bolas no chão. Todo o banco – com a exceção de Isac – foi para a quadra. Bruninho retornou na terceira parcial. Mas os atacantes seguiam com dificuldade de passar pela muralha russa. Quando não matavam o ponto, amorteciam o ataque para pontuar. Com o bloqueio bem postado, a defesa russa conseguia dar o volume de jogo para pontuar nos contra-ataques.  

O saque do Brasil agrediu pouco. A Rússia jogou praticamente com o passe na mão o tempo inteiro. Mas, mesmo quando tiveram a chance de pontuar no contra-ataque, os brasileiros desperdiçaram, cometendo erros na tentativa de explorar o bloqueio adversário. Uma atuação para esquecer e também para aprender. Derrota dura, mas que pode fazer o time repensar a forma de jogar contra times de bloqueio pesado como esse.

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