Vela: Kahena Kunze ainda não consegue acreditar no ouro olímpico em Tóquio: ‘A ficha está caindo’

Martine Grael e Kahena Kunze confirmaram favoritismo e garantiram a medalha de ouro

Martine e Kahena celebram o bicampeonato olímpico em Tóquio (Foto: Sailing Energy/World Sailing)
Martine e Kahena celebram o bicampeonato olímpico em Tóquio (Foto: Sailing Energy/World Sailing)

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O bicampeonato olímpico da classe 49erFx em Tóquio 2020 veio nesta terça-feira para as brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze. Elas alcançaram a conquista, na Baía de Enoshima, após uma semana dura, que terminou com o terceiro lugar na medal race. Após a prova, as atletas celebraram o feito.

- A decisão do primeiro contravento foi fundamental. Quando a gente deu o primeiro cruze, a gente viu que duas das concorrentes estavam atrás da gente. Pelo menos duas estavam garantidas. Às vezes, temos regatas da medalha mais disputadas, mas hoje foi mais tranquila. Depois de uma semana tão dura, foi difícil de acreditar. A ficha está caindo - disse Kahena.

Apesar da pouca visibilidade, a vela é um dos esportes que mais somou pódios para o quadro de medalhas brasileiro. ​O ouro da dupla foi a 19ª medalha da modalidade para o país nos Jogos Olímpicos.

As brasileiras finalizaram a prova com um total de 76 pontos perdidos. Já o vice lugar foi para alemãs Tina Lutz e Sussan Beucke, com 83, e as holandesas Annemiek Bekkering e Anette Duetz levaram o bronze com 88.

A dupla chegou à final em segundo lugar empatada com as rivais holandesas. O vento de nove nós foi a base de sua estratégia. Foi preciso largar perto da comissão e cambar para a direita da raia. Desta forma, elas acabaram deixando, mais à frente, as duplas da Noruega e da Argentina. Depois disso, as brasileiras só administraram a vantagem até chegarem na terceira posição.

Kahena também destacou a boa sintonia com Martine para encontrar o melhor caminho na regata decisiva.

- Tinha uma corrente bem marcada na largada. A gente veleja bem sozinha, não gostamos de regata embolada. A Tine deu uma lida na raia antes e o truque foi manter a calma.

- A tensão estava muito grande, nossa expectativa também. Foi uma semana dura! Foi muito parecido como no Rio. Mas estamos felizes. O nosso truque foi a calma e a experiência de jogar juntas! A gente quer inspirar mais meninas a praticar a vela - explicou Martine Grael.

Essa não foi a primeira vez que as duas fizeram história. Em 2009, o primeiro resultado foi no Mundial da Juventude, quando a dupla ganhou o ouro na classe 420. Em 2016, veio a conquista nos Jogos do Rio.

- Gostaria de parabenizar a equipe da CBVela. Essa medalha é fruto do trabalho de vocês. Parabéns a toda equipe e espero que esse trabalho renda medalhas. A equipe de terra nossa é irretocável e as meninas corresponderam - disse o presidente da CBVela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro.

A vela brasileira somou a oitava medalha em Olimpíadas e segue como a modalidade com maior número de ouros do país nos Jogos Olímpicos. O Brasil contabiliza mais três pratas e oito bronzes.

A vitória também foi importante para a Família Grael, pois é a sua nona medalha em Jogos Olímpicos, somando as duas de Martine, as duas de Lars Grael e as cinco de Torben.

'- É uma satisfação constatar que a paixão pela Vela e a cumplicidade com o vento se perpetuam na família - disse Lars Grael, que fez a transmissão da regata da medalha ao vivo pela TV Globo.

Veja abaixo o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

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