Rick Carlisle: “Zion é um Shaquille O’Neal que pode armar o jogo”

Jovem astro do Pelicans atrai comparações com lendário pivô do técnico do Mavericks após anotar 38 pontos contra os texanos

Zion Shaquille O'Neal Carlisle Fonte: AFP

Poucos prospectos recentes foram recebidos com tanta expectativa na NBA quanto Zion Williamson – e, até agora, ele vem correspondendo à altura. Dominante nos garrafões, o astro do New Orleans Pelicans teve mais uma grande atuação nesse sábado, liderando a vitória sobre o Dallas Mavericks anotando 38 pontos (13-20 FG), cinco rebotes e seis assistências. Depois da partida, o técnico Rick Carlisle descreveu o impacto de Zion nos jogos como uma versão melhorada do lendário Shaquille O’Neal.

“Zion é uma força incomum e, obviamente, um ótimo jogador. Teremos que traçar uma estratégia melhor para tentar limitá-lo da próxima vez, mas, para ser sincero, ele está destruindo todo mundo. Trata-se de um monstro que apresenta grandes desafios para as marcações e juízes enquanto cria colisões em quadra, joga de forma extremamente física. É um Shaquille O’Neal com capacidade de armar o jogo”, resumiu o treinador do Mavericks, impressionado com o desempenho do ala-pivô adversário.

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A palavra que sintetiza a performance de Williamson na atual campanha é “imparável”: nos últimos 24 jogos disputados, ele acumula média de 28.0 pontos convertendo 66% dos arremessos de quadra tentados. Ninguém pontua mais dentro do garrafão na liga, além disso, do que o fenômeno. Essa produtividade vem acompanhada da crescente evolução do jovem talento como passador, registrando cinco ou mais assistências em dez das últimas 15 partidas da temporada.

“Tudo o que quero em quadra é fazer a melhor jogada possível, aquela que vai ajudar-nos a vencer os jogos. E sei que isso pode passar por eu arremessar ou, às vezes, não. Quero entender com clareza quando é o momento de passar a bola e quando é hora de tentar finalizar. Porque, no fim das contas, simplesmente quero ganhar e não importa o que devo fazer para isso. É simples assim, para mim”, explicou o atleta de 20 anos, que ainda está em sua segunda temporada no basquete profissional.

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A comparação entre Williamson e O’Neal passa bem longe de ser uma exclusividade de Carlisle e alguns analistas da liga já traçaram tal paralelo no passado. Quase 75% dos arremessos de quadra tentados pelo ala-pivô acontecem dentro do garrafão e o índice de conversão está acima dos 70%. A situação para a concorrência é surreal: ninguém consegue mantê-lo afastado da área pintada e, uma vez lá dentro, ele toma conta de partidas como nenhum outro jogador na atualidade.

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“Sei que muitos só veem pura força, mas, na verdade, acho que o jogo de Zion é lindo. A sua capacidade de entrar no garrafão e conhecer os ângulos para conseguir fazer as cestas, noção de domínio de espaço em torno do aro, é algo realmente bonito. Ser tão eficiente quanto ele é próximo da cesta, seja pontuando ou cavando faltas, é algo que acredito ser belo em seu estilo de jogar”, elogiou o ala Brandon Ingram, outra jovem referência do elenco do Pelicans.

O Mavericks terá mais um encontro com Williamson e o Pelicans em 12 de maio, já às vésperas dos playoffs. São quase dois meses para que Carlisle pense em alternativas para desacelerar o eleito all-star pela primeira vez nesse ano. “Zion é um verdadeiro desafio, um oponente único. É preciso ter muita coragem para parar em sua frente, porque ele ataca e age rápido. Esse cara é agressivo, veloz e simplesmente não para”, concluiu o técnico campeão da NBA em 2011.

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