Previsão da temporada 2020/21 – Ser esforçado supera magia para o Magic?
Vai e vem do mercado…
QUEM CHEGA |
QUEM SAI |
Cole Anthony (armador, draft) | D.J. Augustin (armador, Bucks) |
Dwyane Bacon (ala-armador, Hornets) | Melvin Frazier (ala, Thunder) |
Jordan Bone (armador, Pistons) | Wesley Iwundu (ala, Mavericks) |
Devin Cannady (armador, calouro) | Amile Jefferson (ala-pivô, Celtics) |
Robert Franks (ala, Hornets) | B.J. Johnson (ala, Heat) |
Karim Mane (ala-armador, calouro) | Vic Law (ala-pivô, Austrália) |
Chuma Okeke (ala-pivô, draft) | Josh Magette (armador, Turquia) |
Jon Teske (pivô, calouro) |
Elenco
NÚMERO |
JOGADOR | POSIÇÃO |
IDADE Publicidade
|
20 | Markelle Fultz | Armador | 22 |
50 | Cole Anthony | Armador | 20 |
7 | Michael Carter-Williams | Armador | 29 |
23 | Jordan Boone | Armador | 23 |
30 | Devin Cannady | Armador | 24 |
10 | Evan Fournier | Ala-armador | 28 |
31 | Terrence Ross | Ala-armador | 29 |
8 | Dwyane Bacon | Ala-armador | 25 |
4 | Karim Mane | Ala-armador | 20 |
11 | James Ennis III | Ala | 30 |
12 | Gary Clark | Ala | 26 |
22 | Robert Franks | Ala | 23 |
00 | Aaron Gordon | Ala-pivô | 25 |
1 | Jonathan Isaac | Ala-pivô | 23 |
2 | Al-Farouq Aminu | Ala-pivô | 30 |
3 | Chuma Okeke | Ala-pivô | 22 |
9 | Nikola Vucevic | Pivô | 30 |
5 | Mo Bamba | Pivô | 22 |
24 | Khem Birch | Pivô | 28 |
15 | Jon Teske | Pivô | 23 |
Prevendo o time
Titulares: Markelle Fultz, Evan Fournier, James Ennis III, Aaron Gordon e Nikola Vucevic
Principais reservas: Terrence Ross, Michael Carter-Williams, Cole Anthony, Dwyane Bacon, Gary Clark e Khem Birch
Técnico: Steve Clifford
O “cara” da franquia
Único all-star do Magic desde a saída de Dwight Howard, Nikola Vucevic é um toque de inspiração em um elenco formado por muitos “operários” e um dos poucos atletas pelos quais o ataque sofrível de Orlando consegue desafogo. O montenegrino pode espaçar a quadra, finalizar em torno do aro com refino e até atuar como point center em instantes isolados. Atuações como a vitória na primeira partida dos playoffs na “bolha”, diante do Bucks, provam como esse pivô pode impactar o jogo como poucos na NBA.
Fique de olho!
Livre das polêmicas e discussões sobre seu arremesso, Markelle Fultz está cada vez mais confortável no papel de armador de Orlando – a ponto da equipe ter abdicado da renovação com D.J. Augustin. É um jogador muito difícil de ser contido em transição e quando tenta infiltrar em garrafões, enquanto seu tiro de longa distância parece estar voltando à normalidade a cada treino. Ainda com apenas 22 anos, ele insinua ser uma aposta das mais interessantes para atleta que vai “explodir” na próxima temporada.
O ponto de interrogação
É impressionante como, chegando à terceira temporada na liga e com mais de 100 jogos disputados, sabemos pouco sobre Mo Bamba. Ser um dos reservas do mais importante jogador da equipe não ajuda, obviamente, mas o pivô falhou em deixar uma marca nas chances que teve. Ele corre a quadra com a agilidade que projetamos, mas seu impacto em potencial como defensor e espaçador da quadra surge aqui e ali. Quando será que a sexta escolha do draft de 2018 mostrará o que pode? E será que isso vai acontecer em Orlando?
O que esperar do Magic na temporada?
Essa temporada desenha-se estranha para o Magic, um time viciado no pequeno prazer de ser sétimo ou oitavo do Leste ano após ano. As equipes da conferência melhoraram, mas Orlando soou extremamente tranquilo observando a ação do mercado enquanto o seu elenco sofria baixas. Para começar, Steve Clifford não terá dois titulares da última temporada: o armador D.J. Augustin saiu para o Milwaukee Bucks, enquanto o jovem Jonathan Isaac vai passar a campanha recuperando de lesão e cirurgia no joelho.
A ação da franquia na agência livre limitou-se a fechar a contratação de Dwayne Bacon com uns dez minutos de mercado reaberto. É um movimento que resume um caráter “operário” do elenco, que valoriza transpiração sobre inspiração. Os reforços, de fato, serão os calouros que chegam: o ala-pivô Chuma Okeke, um potencial 3-and-D que foi escolhido na primeira rodada do draft de 2019, e o armador Cole Anthony, pontuador técnico e talentoso selecionado na 15a posição do recrutamento desse ano.
Dá para se animar com esses jovens? É claro que sim. Mas, via de regra, os calouros não te levam aos playoffs. Gary Clark, James Ennis e Michael Carter-Williams não te levam também, mas eles são veteranos e tendem a sair em vantagem nessa corrida. Esse é o jogo.
Não dá para esperar surpresas também no estilo de jogo de Orlando: esse é um time que defende de forma extremamente disciplinada e, desde que Clifford assumiu como técnico, está entre as dez mais eficientes marcações da NBA. É um sistema baseado em evitar pontos fáceis (contra-ataques, lances livres) e arremessos de longa distância, o que esse elenco já provou saber fazer. O melhor defensor do elenco não estará por lá, Isaac, mas ele já foi desfalque antes e essa defesa respondeu bem.
O problema é que, com o Magic, você precisa ganhar os jogos na defesa. A ofensiva é extremamente limitada, básica e comprometida pela falta de chutadores eficientes – o que, se os novatos não chegarem com aquela mira calibrada, tende a ser (ainda mais) agravado pela saída de D.J. Augustin. A receita do bolo é simples e fácil, mas não tem muito sabor: os armadores e Evan Fournier tentam infiltrar para forçar uma reação da defesa, Aaron Gordon busca criar algum mismatch ou é bola na mão do Vucevic.
Orlando está apostando que isso é o bastante para chegar aos playoffs, como aconteceu em anos anteriores. A aposta é substituir o melhor defensor e o melhor arremessador do elenco por bons novatos e a evolução interna dos atletas – em especial, Fultz. Não deixa de ser um risco. A verdade é que, mesmo que sobre vontade e transpiração, falta magia e criatividade para esse Magic. E, na NBA, esforço e disciplina raramente triunfam sobre o talento.
Projeção Jumper Brasil
Divisão Sudeste: 4o lugar
Conferência Leste: 11o lugar
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