Fonte: Carmen Mandato/AFPA nova bola da NBA não vem atraindo fãs entre os jogadores, pois estaria atrapalhando arremessadores especialistas e aqueles que têm o arremesso como recurso ofensivo importante. A saída da Spalding para a Wilson como fornecedora após quase quatro décadas, embora tenha mantido o padrão de qualidade, trouxe diferenças que incomodam atletas. Bradley Beal foi o primeiro a manifestar-se publicamente sobre o tema, no entanto, não é o único incomodado.
“Há vários jogadores que estão tendo problemas com a nova bola. Outro treinador disse-me que a bola atinge o aro e quica de forma diferente e, por isso, é preciso arremessar com maior parábola. Os atletas estão literalmente mudando seus arremessos por causa da composição da bola e isso tem mexido com alguns deles”, revelou um técnico anônimo da liga ao repórter Chris Mannix, da revista Sports Illustrated.
O relato, aliás, coincide com o que Beal já havia comentado. No início da temporada, o astro do Washington Wizards confirmou ter cerca dificuldade na adaptação à nova bola. “Ela é mais escorregadia, em síntese. A palavra ‘Wilson’ não tem o mesmo relevo que a ‘Spalding’ tinha. Elas são diferentes, mas, assim que você joga, é quase a mesma coisa. É uma questão de acostumar-se, afinal”, declarou o cestinha.
Mudança nas estatísticas
As estatísticas da atual temporada mostram que, realmente, a dificuldade de Beal é um problema generalizado na NBA. O aproveitamento de arremessos, em suma, caiu em níveis preocupantes em 2021. Coletivamente, os jogadores da liga estão convertendo 45.1% dos chutes de quadra e apenas 34.7% das tentativas para três pontos. Tratam-se, acima de tudo, de números historicamente baixos.
Para se ter uma ideia, a porcentagem de arremessos de quadra em toda a liga não está abaixo dos 45.1% há sete temporadas. A situação nos tiros de longa distância, enquanto isso, é ainda mais complicada. A última vez em que o aproveitamento da NBA da linha dos três pontos ficou abaixo dos 34.7% foi na campanha 1998-99.
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