Grandeza na NBA: maior ou melhor, como estabelecer diferenças entre Jordan e LeBron?

Discutimos as diferenças entre Michael Jordan e LeBron James em suas carreiras

Jordan LeBron melhor NBA Fonte: JESSE D. GARRABRANT/AFP

Quem é o maior ou melhor jogador da NBA de todos os tempos e por que sempre falamos de Michael Jordan e LeBron James? São três perguntas diferentes que devemos nos fazer quando formos tentar definir algo assim, mas caímos em um senso comum de que é proibido questionar. Não podemos falar que Fulano é melhor que Beltrano porque ninguém quer contrariar o que todo mundo diz.

Será mesmo?

A ideia aqui não é estabelecer um parâmetro, mas abrir uma discussão. Ou várias delas.

As diferenças entre maior e melhor, por exemplo, devem estar abertas para entendermos tudo, desde o princípio.

Maior ou melhor de todos os tempos da NBA não pode e não deve ficar limitado a LeBron e Jordan. Alguém precisa avisar ao povo que a liga tem 75 anos e que outros jogadores incrivelmente talentosos passaram por lá.

Mas, para analisarmos tudo, vamos voltar até a década de 70.

NBA nos anos 70

A NBA nos anos 70 era terrível. Pouco público, múltiplos jogadores usando drogas, outros esportes fazendo mais sucesso e não havia uma identidade. Mas como mudar tudo isso?

Primeiro, houve a fusão com a ABA, que concorria com a liga, em 1976. Quatro times (San Antonio Spurs, Denver Nuggets, Indiana Pacers e New York Nets) foram para a NBA, enquanto o acordo previa o encerramento da outra.

Até melhorou, mas ainda não era o bastante.

Depois, a linha de três pontos foi adotada, herança da ABA, em 1979.

Porém, faltava rivalidade. A NBA era um mato enorme, esperando sua exploração. Então, tudo começou a se resolver por conta do basquete universitário.

Para quem não sabe, o basquete universitário era mais popular nos EUA do que a NBA. Ginásios cheios, rivalidade altíssima. Faltava isso.

Enquanto Larry Bird brilhava por Indiana, Magic Johnson fazia o mesmo em Michigan State. Dois lugares que sempre respiraram basquete.

Bird foi a sexta escolha do draft de 1978, mas Magic entrou no ano seguinte, como primeira pick. E eles foram para lados opostos no país, aumentando o número de fãs, em times populares e já campeões: Boston Celtics e Los Angeles Lakers.

Assim, eles levaram a rivalidade do basquete universitário para a NBA e as coisas começaram a melhorar.

Michael Jordan

Enquanto Bird e Magic faziam sucesso na NBA, havia um jogador em North Carolina chamando a atenção. Michael Jordan foi campeão em 1982, então havia muita expectativa para ver como seria a sua chegada em uma liga que começava a se restabelecer. Mas o draft de 1984 tinha muita gente talentosa, como Hakeem Olajuwon, Charles Barkley, John Stockton e Alvin Robertson. Como resultado, Jordan foi só a terceira escolha e foi parar no Chicago Bulls.

Só que o Bulls era um time ruim, fraco, que havia se classificado para os playoffs apenas uma vez nas últimas sete temporadas. Enquanto Jordan esperava por reforços, ele elevou a equipe a um novo patamar e figurava sempre nos mata-matas desde então.

Scottie Pippen chegou e, aos poucos, o Bulls se tornou um candidato ao título.

Em 1990, enquanto Jordan ainda tentava o seu primeiro título, Magic Johnson já tinha cinco e Bird outros três. Portanto, ele tinha muito a remar, apesar de ser um jogador extremamente talentoso.

Havia uma crescente frustração dentro da NBA, pois não achavam que Jordan era capaz de levar o Bulls a vencer o campeonato. Ele já contabilizava seis temporadas na liga, era um astro, mas caiu nos playoffs por três anos consecutivos para o Detroit Pistons.

Até que, em 1990-91, ao lado de Horace Grant, Pippen e um ano de experiência com os triângulos ofensivos de Phil Jackson e Tex Winter, o Bulls foi campeão diante do Lakers de Magic em uma das finais mais incríveis de todos os tempos.

Magic estava passando a tocha para Jordan.

Dream Team e mais mudanças

Jordan e o Bulls venceram no ano seguinte, mas a NBA, como marca, ficava muito escondida nos Estados Unidos. Enquanto isso, havia uma preocupação em relação ao basquete olímpico, que era uma obsessão, após a derrota em 1988 para a União Soviética nas semifinais. A seleção americana ficou apenas com a medalha de bronze, então era hora de agir.

Em uma das melhores jogadas de marketing da história, jogadores da NBA ganharam permissão para disputas no basquete da FIBA. Até então, as duas entidades não se bicavam. Aliás, havia uma distância gigantesca entre as duas e foi o motivo pelo qual Oscar Schmidt e Marquinhos Abdalla rejeitaram a NBA.

Aliás, em 1987, o Brasil venceu os EUA no Pan de Indianápolis.

Some isso ao fracasso de 88 e você vai entender a pressão pelos profissionais.

Então, nas Olimpíadas de 1992, em Barcelona, havia uma divisão bem clara. De um lado, ocorriam os jogos olímpicos. Do outro, tinha o Dream Team.

Sim, Michael Jordan era o cara daquele time, mas as presenças de Magic (que interrompeu a carreira no começo da temporada 1991-92 por conta do vírus HIV) e Bird (sofrendo com fortes dores nas costas) ajudaram a fazer a diferença.

Imagine só. Os melhores jogadores da época, exceto Isiah Thomas, estavam no time dos EUA. A forma que o Dream Team atropelou cada adversário fez com que a NBA explodisse no mundo.

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Mas Jordan se aposentou

Após as Olimpíadas de 92, aqueles jogadores que fizeram parte do Dream Team praticamente não tiveram férias, e logo começaram a se preparar para a temporada 1992-93. Magic Johnson, inclusive, fez todo o período de treinos e voltaria a jogar, mas sofreu um corte em uma partida de pré-temporada. Ele acabou desistindo por pressão de outros atletas, que estavam com medo.

Com o Bulls, Jordan foi campeão mais uma vez, mas seu pai faleceu (foi assassinado) em julho de 1993, pouco depois do título.

Cansado e sentindo a perda do pai, ele resolveu abandonar o basquete e foi jogar beisebol, desejo inicial de James Jordan.

A NBA ficou órfã.

Magic Johnson fora, Michael Jordan jogando beisebol, enquanto Larry Bird se aposentou ao fim de 1991-92.

Faltava “o cara”.

Lembre-se. Eles foram campeões em 11 dos 14 anos anteriores, portanto a liga ainda precisava de um nome para comandar o show.

Shaquille O’Neal chegou, Jordan voltou, venceu mais três títulos e parou de novo

Enquanto a NBA procurava um novo nome, Shaquille O’Neal foi selecionado pelo Orlando Magic. Logo de cara, ele fez médias de 23.4 pontos, 13.9 rebotes e 3.5 bloqueios. Mas Shaq era um cara diferente de Jordan, Bird e Magic. Embora Johnson fosse carismático, O’Neal era muito mais.

Não que ele não fosse competitivo, mas era bem diferente. De certa forma, era algo que a liga precisava. O time da Flórida era novo na NBA e, mesmo sem qualquer histórico, tornou-se um dos favoritos dos fãs por causa de O’Neal.

Em 94-95, Jordan voltou às quadras, mas estava fora de forma do jogo de basquete. Não estava totalmente pronto e perdeu nas semifinais do Leste para o Magic de Shaq.

Enquanto isso, O’Neal levou sua equipe às finais da NBA (mas perdeu para o Houston Rockets).

Dennis Rodman estava sobrando no San Antonio Spurs e o Bulls conseguiu convencer Pippen e Jordan. O resto, todo mundo sabe.

Mais três títulos para Jordan e a sensação de que ninguém poderia superá-lo como jogador. Afinal, dos últimos sete anos com ele na NBA, o Bulls foi campeão em seis oportunidades.

Veio o locaute da NBA e Jordan resolveu parar de jogar mais uma vez, embora ele tenha voltado anos depois, no Washington Wizards.

Enquanto isso, havia um cara no basquete colegial…

Após a segunda aposentadoria de Jordan, a NBA ainda precisava de uma cara. Shaq foi campeão três vezes seguidas com Kobe Bryant e Phil Jackson no Los Angeles Lakers, enquanto Jordan fez sua despedida no Wizards. E, mesmo não sendo mais aquele que encantou a liga e o mundo, ainda tinha um peso enorme.

Enquanto todo mundo acompanhava os últimos suspiros de MJ como jogador, surgia LeBron James no basquete colegial. E não era qualquer um. A expectativa de LeBron ser o real sucessor de Jordan, que a NBA procurava por anos, era a maior de todos os tempos.

Aquilo era tão grande que a ESPN televisionou jogos de James por St. Vincent-St. Mary. E o cara usava a camisa 23.

Em 2003, quando estava com 18 anos, LeBron assinou um contrato de sete anos com a Nike e levou US$90 milhões.

Pense comigo. Ele ainda não estava na NBA e acabara de fazer um acordo que lhe pagaria, praticamente, todo o mesmo salário que Jordan teve na carreira. Enquanto o contrato de LeBron era superior a US$90 milhões, MJ recebeu US$94 milhões. Claro, fora a Air Jordan. Mas só ali já dava para entender o que estava por vir.

Seria LeBron capaz de superar Jordan como o melhor jogador de todos os tempos da NBA?

A pergunta era feita antes mesmo de James entrar na liga.

LeBron conquistou a NBA

Não foi de imediato, mas LeBron James mostrou que dominaria a NBA. Enquanto Kobe Bryant reinava com dois títulos sem Shaquille O’Neal, James tentava com o Cleveland Cavaliers o seu primeiro. Mas LeBron teve um cenário parecido com Jordan na NBA e, mesmo fazendo o melhor que poderia fazer, não conseguia ser campeão.

O Cavs era como o Bulls no início de ambos. Até ia aos playoffs em um ano e ficava dois, três fora. Quando LeBron chegou, o time não era lá essas coisas e ficou fora dos mata-matas nos dois primeiros anos, mas a partir de 2005-06, o Cavaliers virou a equipe a ser batida no Leste.

Assim como Jordan, havia um Detroit Pistons brigando por títulos da NBA para LeBron superar e ser o melhor de seu tempo. No primeiro encontro, deu Pistons. No segundo, James comandou o Cavaliers como gente grande.

O Jogo 5 das finais do Leste de 2006-07 foi, provavelmente, o melhor da carreira de LeBron.

Ele anotou 29 dos últimos 30 pontos do Cavs, incluindo todos das duas prorrogações. O Cavaliers venceu o sexto jogo e foi para a final da NBA pela primeira vez.

Mas o Cavs era jovem, especialmente LeBron. Aos 22 anos, ele encarou um time experiente e acostumado com títulos, como Tim Duncan, Tony Parker e Manu Ginobili. Foi varrido.

Ele tentou com o time mais três vezes, mas o Cavaliers sempre caiu antes das finais. Então, veio o seu pior capítulo.

The Decision e a volta para Cleveland

No dia 8 de julho de 2010, LeBron James anunciou, ao vivo, que estava levando seus talentos para o Sul da Flórida. Após sete anos no Cleveland Cavaliers, assim como Jordan, LeBron era questionado pela NBA se poderia ser campeão e o melhor de sua época.

A apresentação, ao lado de Dwyane Wade e Chris Bosh, pareceu arrogante e prepotente. Torcedores do Cavs queimaram sua camisa e ele se tornou um dos jogadores mais odiados dos EUA.

Só que, quando o Miami Heat começou a jogar, as pessoas deixaram isso de lado e começaram a acompanhar um dos times mais empolgantes da época. Embora tenha saído derrotado para o Dallas Mavericks nas finais, ainda havia a sensação de que o título de LeBron estava muito próximo.

E ele veio no ano seguinte, diante de três futuros vencedores do prêmio MVP e Hall da Fama: Kevin Durant, Russell Westbrook e James Harden. Depois, mais um título, contra aquele mesmo San Antonio Spurs que varreu o Cavaliers.

Dois títulos em três anos? Nada mal.

Mas o Spurs venceu o Heat em 2013-14.

LeBron voltou ao Cavs e, ao lado de Kyrie Irving e Kevin Love, voltou a disputar a final da NBA. Perdeu para um impressionante Golden State Warriors de Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green.

“Oh, block by James!”

O Warriors veio com tudo em 2015-16. Atropelou todo mundo e superou a marca do Bulls de Jordan, obtendo 73 vitórias na temporada regular.

Um absurdo!

Mas o Cavs foi para as finais e encarou o Warriors. Depois de o time californiano abrir 3 a 1 nas finais, aconteceu a maior virada de todos os tempos na NBA.

O Jogo 7 estava em seus momentos decisivos. Green dominava pelo Warriors, com seis cestas de três e 32 pontos, mas o Cavs ainda lutava.

Faltavam dois minutos para o fim e nada estava decidido.

Então, Irving errou um arremesso e Andre Iguodala pegou o rebote e partiu em contra-ataque. LeBron estava longe, mas o alcançou em uma das jogadas mais icônicas da história.

“Oh, block by James”, gritou Mike Breen, narrador da ESPN. O jogo estava empatado em 89 pontos.

Depois, Irving acertou de três, o Warriors não fez mais nada e o Cavs venceu o seu primeiro campeonato.

Foi o momento de glória. Os dois primeiros títulos pelo Heat foram importantes, mas o de Cleveland teve um tamanho muito maior.

Ida para o Lakers

Após duas temporadas parando nas finais pelo Warriors, LeBron James deixou o Cavs mais uma vez e foi para o Los Angeles Lakers.

Embora o seu último MVP tenha sido em 2014, LeBron meio que virou um cara fora da curva e, mesmo fazendo temporadas e temporadas similares, jamais foi eleito novamente.

Azar da NBA.

Mas James chegou em um Lakers cheio de jogadores jovens, ainda que talentosos. Não era suficiente para brigar por título, mas o time fazia uma campanha decente quando ele se machucou na noite de Natal. Como resultado, a equipe californiana despencou e ficou fora dos playoffs.

Em 2019-20, no entanto, Anthony Davis chegou, a temporada foi interrompida em 20 de março e, quando retornou, o Lakers foi campeão na “bolha” da Disney.

Nos dois anos seguintes, porém, o Lakers não foi bem. Primeiro, precisou do play-in e caiu diante do Phoenix Suns na primeira rodada dos playoffs. Em 2021-22, mesmo com a adição de Russell Westbrook, o encaixe não funcionou e o time ficou fora dos mata-matas.

A final que nunca aconteceu

Durante um período, havia uma discussão sobre quem seria o melhor entre LeBron James e Kobe Bryant. Era a final que a NBA queria, mas jamais aconteceu. Esteve próximo de isso acontecer, no entanto.

Em 2008-09, por exemplo, o Los Angeles Lakers havia sido o campeão do Oeste no ano anterior. Enquanto isso, o Cleveland Cavaliers brigava para voltar às finais. Só que o Cavs acabou sendo eliminado pelo Orlando Magic nas finais do Leste.

Era a chance, a maior delas, de repetir Michael Jordan contra Magic Johnson.

Não aconteceu.

Assim como Michael Jordan jamais esteve em quadra contra James.

Disputa entre Jordan e LeBron pelo posto de melhor de todos os tempos da NBA

Se você chegou até aqui, notou que falei muito sobre a liga dos anos 70 até agora, mas a NBA já existia antes disso. Nomes como Bill Russell, Kareem Abdul-Jabbar, Oscar Robertson, Wilt Chamberlain e outros são quase descartados na hora de falar quem foi o melhor de todos os tempos.

Chamberlain era tão dominante ou mais que Shaquille O’Neal. Russell era um defensor extraordinário. Robertson era um Russell Westbrook (sem os erros de ataque) antes de Westbrook fazer quatro temporadas de triplos-duplos. Por fim, Abdul-Jabbar, o maior cestinha de todos os tempos.

Todos eles foram campeões, Hall da Fama e tudo mais, mas dificilmente entram na discussão pelo posto de melhor de todos os tempos.

Assim como Jordan e LeBron, eles também mudaram o jogo.

Já houve um passador tão genial quanto Magic Johnson? Um arremessador como Stephen Curry?

Tudo isso se leva em uma discussão.

Então, os analistas levam em consideração prêmios e títulos. Mas será que é totalmente justo?

Jordan foi cinco vezes MVP e seis vezes campeão. LeBron tem quatro prêmios de MVP, mas venceu “só” quatro títulos.

Aí, existem critérios subjetivos.

Ray Allen disse que Jordan é o GOAT (Greatest of All Time ou o Melhor de Todos os Tempos, em português), mas usou argumentos rasos.

A gente fica naquela de que ninguém pode superar Jordan, mas será mesmo?

Melhor pode não ser o maior…

LeBron James ainda não parou de jogar e, pelo visto, vai mais alguns anos, mas está próximo de ser o maior cestinha de todos os tempos.

Tecnicamente, usando os artifícios dentro de quadra, atributos objetivos e subjetivos, podemos dizer que qualquer jogador pode ser superado. Isso acontece em qualquer esporte.

Por exemplo, Pelé foi chamado de o melhor de todos os tempos no futebol por quantas décadas? Aí, apareceram caras como Messi e Cristiano Ronaldo, colocaram a frase em xeque e ganharam tudo ou quase tudo possível.

De novo, tecnicamente, em campo, Pelé era incrível, mas é possível dizer que Messi e Cristiano Ronaldo são melhores que ele.

Mas são maiores? Pelé foi protagonista e campeão de Copa do Mundo aos 17 anos.

Entendeu o que quero dizer?

Digamos que Luka Doncic seja campeão sete, oito vezes pelo Dallas Mavericks, ele não pode ser elevado a maior ou melhor de todos os tempos? E o Curry? Vai que o Warriors vença os próximos quatro anos. Ele não pode entrar na conversa? O cara mudou o jogo, afinal de contas.

Portanto, sim, LeBron pode ser o melhor de todos os tempos. Mas não será o maior.

Maior, melhor, como assim?

Bem, como disse acima, não necessariamente o melhor é o maior. Na NBA não precisa ser diferente porque existem muitas variáveis para analisarmos tais métodos.

Por exemplo, há quantos anos falamos que Stephen Curry é o melhor arremessador de todos os tempos? Mas ele não precisou passar Ray Allen e Reggie Miller para sabermos que, também, é o maior?

Mas e o melhor reboteiro? Eu acho que é Dennis Rodman, mas o maior, na minha opinião, é Bill Russell. E Russell nem é o líder em rebotes em todos os tempos.

Então, o melhor é aquele que executa a função acima dos outros, enquanto o maior é aquele cara icônico.

Usando aqueles parâmetros objetivos, subjetivos, números e vendo como o faz, eu acho que LeBron James superou Michael Jordan como melhor jogador da NBA. É um organizador melhor, um arremessador melhor, maior, mais forte e algumas estatísticas que o colocam como mais decisivo, inclusive. Um artigo do Bleacher Report, de 2015, mostra isso. Na defesa, embora LeBron seja muito melhor do que lhe é creditado, Jordan foi (muito) superior.

Agora, maior? Não tenho dúvidas em dizer Jordan, mas vou explicar.

Por quantos anos a NBA procurou um novo Jordan? Quando teve a apresentação dos 75 melhores jogadores de todos os tempos, quem foi o centro das atenções? Tudo subjetivo, né? E é isso mesmo.

LeBron melhor, Jordan maior

Quando Jordan “assumiu” a NBA, tratava-se de uma era em que o melhor jogador tinha de ser o cestinha. Hoje, não necessariamente, mas a ideia ainda passa por quem vai pontuar mais. No entanto, LeBron é mais completo numa visão ampla da coisa.

Ele sempre foi capaz de fazer temporadas de triplo-duplo. Se ele realmente quisesse, alguém duvida disso?

Não dá para comparar todos os números, pois Jordan jogou em uma época em que era permitido o hand check. Ou seja, ele poderia produzir estatísticas ainda melhores. No pace (ritmo de jogo), a NBA teve 96.82 de média enquanto Jordan jogou, e LeBron atuou com a liga tendo 94.24 em 19 temporadas.

Então, são dados que precisamos utilizar na hora de ler estatísticas. Assim como o PER de James é 27.3, enquanto o de Jordan é 27.9. Tudo é importante.

Mas veja. Agora, do lado subjetivo da coisa.

Se LeBron encerrar a carreira amanhã, a NBA não precisa sair na caça de um novo ele. A pista está bem pavimentada. O jogo mostrou que a liga está bem entregue nas mãos de caras como Stephen Curry, Kevin Durant, Giannis Antetokounmpo, Nikola Jokic, Luka Doncic, entre outros.

A NBA já tem os seus superastros. Quando Jordan parou (em definitivo), tinha Shaquille O’Neal, Kobe Bryant e Allen Iverson. Era diferente. Enquanto Shaq estava iniciando o fim de sua carreira, Kobe e Iverson viviam em guerra com a imprensa, com a liga. Então, eles não eram exatamente “a cara” da liga. Até foram por um tempo, mas enquanto Jordan estivesse por lá, ninguém mais seria. Nem LeBron, se jogasse em seu tempo.

 

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