É hora de comemorar mais um título do Warriors, Enzo!

Com quatro títulos em oito anos, o torcedor do Golden State Warriors tem motivos para sorrir

Enzo comemorar título Warriors Fonte: ELSA/AFP

Você já deve ter lido isso: “Oi, meu nome é Enzo, tenho 13 anos e hoje eu vou comemorar mais um título do Golden State Warriors”. Mas, de verdade, quantos aqui não foram Enzos? Quem nunca torceu pelo time em evidência ou por causa de determinado jogador? São poucos, bem poucos. Mas não estamos aqui para criticar escolhas. É uma grande bobagem e cada um escolhe o que bem entender.

Hoje, escrevo ao apreciador de basquete. E, vamos ser sinceros, você está feliz, né? E tem motivo para isso. O que o Warriors faz é algo surreal, é incrível. Mais que isso, é mágico.

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Eu sou torcedor do Boston Celtics e já fui Enzo. Claro que torci pelo meu time na decisão, mas como não gostar do que o Warriors fez? É óbvio que ninguém é igual a ninguém e outros fãs do Celtics possuem o total direito de não gostarem do que estão lendo. Mas o que eu quero dizer é que estamos vendo a história ser escrita.

Sim, o Celtics brigou com o que tinha. Uma rotação com a profundidade de um penico (avisei que usaria isso, Xará), muitos erros de ataque, problemas de um time jovem, que chegou onde jamais o torcedor da equipe imaginava em janeiro, quando ocupava o tenebroso 11° lugar do Leste.

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Mas o Celtics lutou, foi valente, terminou a fase regular em terceiro, superou adversários como Brooklyn Nets, Milwaukee Bucks e Miami Heat. Parou no Warriors, mas que jornada, hein?

No entanto, como vencer um time que está mostrando ao mundo como se joga uma série de playoffs? Você pode ganhar um jogo aqui, um ali, mas uma série de sete jogos? Missão complicadíssima.

Curry MVP das Finais

Ufa! Acabou a bobagem que Stephen Curry não era MVP das Finais. Tinha gente diminuindo o seu talento por conta de um prêmio. Aliás, muita gente. Na boa, Curry esfregou na cara de todo mundo que, sim, ele é gigante. Eu escrevi, em novembro, que ele fazia parte dos dez melhores jogadores de todos os tempos. Agora, mais um argumento.

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Quatro títulos, dois prêmios de MVP (um deles de forma unânime), oito vezes All-Star, cestinha de duas temporadas, recordista em cestas de três pontos e, agora, MVP das Finais. Sei não, mas acho que tais feitos o credenciam ao top 10.

E o título de 2021-22 veio depois de dois anos fora dos playoffs. Lesões de Klay Thompson e do próprio Curry, saída de Kevin Durant. Tudo de errado aconteceu desde a última vez que o Warriors foi às Finais. Entretanto, o momento de redenção chegou.

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Enzo, é hora de comemorar mais um título do Warriors.

Volta de Klay Thompson

Foram 941 dias sem jogar. Duas lesões graves. Quando Klay Thompson retornou às quadras, a última lembrança que ele tinha era do Golden State Warriors em uma final de NBA. Ou seja, desde 2014-15, Thompson sempre disputou decisões. Não é para qualquer um.

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Sim, eu sei que ele não brilhou diante do Boston Celtics em nenhuma partida, mas quem se importa? Ainda que o astro não tenha jogado como antes, ele anotou 18 pontos ou mais em três dos seis jogos. Então, como questionar um jogador assim?

O que importa, afinal, é que Thompson é quatro vezes campeão em seis temporadas.

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A resposta de Andrew Wiggins

Em 2014, Ricardo Stabolito, um dos nossos editores, escreveu:

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“Wiggins possui altura, envergadura e condição atlética de elite para atuar nas posições dois e três entre os profissionais. Sua velocidade e explosão fazem com que seja virtualmente imparável operando em transição e/ou atacando a cesta. Tem ótima mecânica e alcance no arremesso, criando separação para oponentes usando movimentos simples ou seus atributos físico-atléticos. É um excelente e versátil defensor, que pode marcar múltiplas posições com sua agilidade (evitando infiltrações), braços longos (contestando chutes). Os instintos que apresenta nos dois lados da quadra confirmam a noção de que trata-se de um astro em potencial”.

Bem, embora sua passagem pelo Minnesota Timberwolves tenha deixado uma impressão ruim, a troca para o Golden State Warriors mudou tudo. Em 2021-22, ele foi ao Jogo das Estrelas (como titular) e terminou a temporada como campeão. Aquele Wiggins que o Stabolito prometia há oito anos demorou a chegar, mas chegou.

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Warriors faz história

Muita gente, quando ouve falar sobre o Golden State Warriors, liga o time aos arremessos de três. Meia verdade, no entanto. O Warriors sequer foi quem mais arriscou de longa distância em 2021-22. Mas existem duas coisas que fazem da equipe uma máquina de vencer: defesa e organização ofensiva.

O Warriors teve uma das melhores defesas da campanha mesmo sem ter o seu melhor pivô (James Wiseman, lesionado). Kevon Looney preencheu a lacuna, mas como o fez, não é mesmo? Embora o Boston Celtics tivesse dois caras grandes no garrafão (Al Horford e Robert Williams), Looney pegou, sozinho, 21 de todos os 117 rebotes ofensivos que aconteceram na série (17.9%). Juntos, Horford e Williams pegaram 27, mas ficaram em quadra por mais tempo que ele. Entretanto, o pivô do Warriors o fez em cerca de 21.5 minutos por jogo. Agora, ele será agente livre. O homem vai ganhar dinheiro.

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A defesa de perímetro foi fenomenal, com o questionado Stephen Curry marcando muito bem, obrigado. E o que falar de Gary Payton II? Como ele “bota pilha” no jogo. E pensar que ele passou mais tempo na G-League do que na NBA.

Andrew Wiggins, Draymond Green… como brilharam defensivamente.

E no ataque, Green foi quem organizou, mas quando a marcação em cima de Curry foi mais forte, o camisa 30 também o fez.

O Warriors cometeu muitos erros de ataque. É uma característica ruim do time, sim. Mas com tanta intensidade, com tantos passes no ataque, muita movimentação, é impossível não errar um pouco mais.

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Sétimo título da franquia

O Golden State Warriors conquistou, com muito brilho, o seu sétimo título da história. O que é mais incrível é que ficou 40 anos sem vencer. Mas quando Steve Kerr assumiu, em 2014-15, foram seis finais em oito campanhas e quatro campeonatos vencidos. No entanto, você sabia que este foi o nono título de Kerr? Foram cinco como jogador (três pelo Chicago Bulls e dois no San Antonio Spurs) e os quatro como treinador.

É incrível ver a história acontecendo aos nossos olhos. Muita gente pode não gostar do basquete de hoje, o que é natural. Podem, inclusive, querer diminuir a grandeza que o Warriors proporcionou desde a chegada de Kerr. Vão chamar seus torcedores de Enzos, mas e daí?

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Não tem problema.

Enzo, você que está com 13 anos (mas pode ter bem mais que isso), é hora de comemorar o quarto título do Warriors em oito anos. Mas tem que comemorar mesmo. Sambe na cara dos haters. Você está vendo a história ser escrita.

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