Draft da NBA – Classe de 2022 tem Top 4 consolidado

Jumper Brasil destaca os prospectos Chet Holmgren, Jabari Smith, Paolo Banchero e Jaden Ivey

Draft 2022 classe Fonte: Ethan Miller / AFP

A três semanas do March Madness, a classe do Draft 2022 parece ter um top 4 consolidado. Em alguma ordem, Chet Holmgren, Jabari Smith e Paolo Banchero nas três primeiras escolhas, e Jaden Ivey, na quarta posição. Contudo, como em quase todos os anos, surpresas podem acontecer no topo do recrutamento, especialmente após o Torneio da NCAA.

Os prospectos citados aparecem no Top 4 de vários mocks espalhados pelo mundo, incluindo o mais recente divulgado pelo Jumper Brasil. Acima de tudo, a classe do Draft de 2022 promete ser recheada de talentos para o garrafão, ou seja, para as posições 4 e 5. Holmgren, Smith e Banchero são a prova disso. Ivey é o “estranho no ninho” entre os quatro prospectos mais bem ranqueados.

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Neste artigo vamos fazer uma rápida introdução dos jogadores que mais se destacam na classe deste ano, sobretudo os mais prováveis de aparecerem no topo do recrutamento. Sem clichê, mas a turma de 2022 é muito boa. Gosto muito dos sete prospectos que serão apresentados abaixo. Alguns com potencial de serem estrelas na NBA, outros que deverão ter ao menos uma carreira sólida na liga, ou seja, uma classe tão boa quanto a de 2021.

Chet Holmgren (PF/C, Gonzaga, freshman, 19 anos, 2,13m, 88kg)

O ala-pivô do ótimo time de Gonzaga talvez seja o prospecto com o maior teto da classe deste ano. Ouso a afirmar que, se não fosse tão magro, Holmgren seria nome certo na primeira escolha. Trata-se de um prospecto com poucas lacunas em seu jogo, ou seja, é o mais completo da turma deste ano. Ele é um big que tem ótimo entendimento do jogo, boa visão de quadra, passa bem a bola, tem um arremesso consistente do perímetro, e, acima de tudo, é um grande protetor de aro. No entanto, é muito magro (88kg) para o tamanho que tem (2,13m), portanto é um big que no corpo de um armador. Assim, ele terá de passar por um trabalho pesado para ganho de massa muscular quando chegar à NBA. Enfim, Holmgren se encaixa muito bem naquele termo que virou moda: unicórnio. Lembre-se que, em 2013, Giannis Antetokounmpo tinha um corpo franzino (86kg) quando foi para a liga. Hoje, o astro grego pesa 110kg.

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Jabari Smith (PF, Auburn, freshman, 18 anos, 2,08m, 95kg)

Alguns simulados colocaram/ainda colocam Jabari Smith como a primeira escolha. O ala-pivô de Auburn, inegavelmente, é um dos atletas mais intrigantes, talentosos e versáteis da classe do Draft 2022. Eu diria que Smith tem o segundo maior teto de evolução entre os prospectos de 2022 (atrás apenas de Holmgren). Ele é uma excepcional arma ofensiva, pois pontua de diversas maneiras, seja perto da cesta ou no perímetro. E possui um excelente trabalho de pés. Além disso, Smith tem um potencial tremendo como defensor (especialmente no perímetro), e se destaca por ser muito vocal em quadra, por orientar os companheiros. Portanto, ele pode se tornar, no nível profissional, um ótimo jogador nos dois lados da quadra. Um ala-pivô que consegue espaçar a quadra, ter um arremesso sólido na média e longa distâncias, e, ainda por cima, ser capaz de defender várias posições? É o sonho de consumo de qualquer time da NBA.

Paolo Banchero (PF, Duke, freshman, 19 anos, 2,08m, 113kg)

Um dos favoritos à primeira escolha desde os tempos de basquete colegial, Paolo Banchero faz uma boa temporada por Duke e, claro, segue no topo das projeções. Ofensivamente, é um dos prospectos mais polidos da classe. Além disso, Banchero chama a atenção por ser um grande passador e ter uma leitura de jogo acima da média para alguém da posição. No entanto, defensivamente, ele deixa a desejar. Não é um  péssimo marcador, mas tem agilidade lateral limitada, e seu potencial nesse lado da quadra é inferior ao de Holmgren e Smith. Em contrapartida, Banchero tem o corpo pronto para encarar o jogo mais físico da NBA, algo que o difere dos dois “rivais”. Por fim, vale dizer que um big que pode atuar como playmaker sempre terá atenção especial por parte das equipes da liga.

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Jaden Ivey (PG/SG, Purdue, sophomore, 20 anos, 1,93m, 91kg)

Único jogador de perímetro a aparecer no top 4 da classe do Draft de 2022, Jaden Ivey faz uma temporada espetacular. Destaque absoluto do ótimo time de Purdue, o combo guard é o único sophomore (segundanista) entre os prospectos do topo (Holmgren , Smith e Banchero são novatos). O salto de qualidade que Ivey deu em relação ao seu ano de estreia no College chama muito a atenção. Muito agressivo em quadra, e dono de atributos físico-atléticos invejáveis, ele se tornou o “dono” de Purdue. Tem muita explosão, é quem fica mais tempo com a bola nas mãos, mais ataca a cesta e, consequentemente, mais vai para a linha do lance livre e mais pontua. Defensivamente, Ivey tem potencial para ser uma verdadeira “peste”, pois tem as ferramentas atléticas e muita força física para encarar o nível profissional. No entanto, precisa cuidar melhor da bola, melhorar a tomada de decisões e se aperfeiçoar como criador de jogadas e arremessador após o drible. Enfim, Ivey seria perfeito para atuar ao lado de um playmaker acima da média.

Quem pode aparecer no top 4

Como dito no início do texto, estamos acostumados com as surpresas no topo de recrutamento. Então, ao longo dos anos vimos alguns prospectos subindo nas projeções à medida que o Draft se aproximava. Buddy Hield, De’Andre Hunter, Patrick Williams e Davion Mitchell são alguns exemplos recentes. A maioria deles por conta do ótimo desempenho no March Madness.

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Agora, destaco três nomes que podem surpreender e, consequentemente, aparecer no top 4 da classe do Draft 2022: AJ Griffin (Duke), Johnny Davis (Wisconsin) e Keegan Murray (Iowa). Todos atuam em equipes qualificadas, que prometem ir longe no Torneio da NCAA.

AJ Griffin (SF, Duke, freshman, 18 anos, 1,98m, 101kg)

Griffin é um ala que se destaca pelo potencial defensivo, força física invejável e facilidade em converter arremessos de longa distância (aproveitamento de quase 49%). Sabe o famoso 3-and-D tão em alta na NBA? Então… O filho do ex-jogador Adrian Griffin (hoje assistente de Nick Nurse no Toronto Raptors) se encaixa muito bem nesse perfil. Aos poucos, durante a temporada, ele vem se soltando em quadra e mostrando muita versatilidade ofensiva. Contudo, Griffin precisa utilizar sua explosão para atacar a cesta com mais frequência. Um dos prospectos mais jovens do topo do Draft, e dotado de atributos físico-atléticos de elite, o novato de Duke tem um upside tremendo nos dois lados da quadra. Minha aposta para entrar no top 4 em caso de bom desempenho no March Madness. Há quem garanta que Griffin é o melhor prospecto do time treinado pelo Coach K…

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Johnny Davis (SG/SF, Wisconsin, sophomore, 19 anos, 1,96m, 89kg)

Davis, por outro lado, é um dos grandes cestinhas entre os principais prospectos deste ano. O ala-armador de Wisconsin chama a atenção pela capacidade de pontuar após o drible e por ser muito agressivo no ataque à cesta. Alem disso, Davis também mostra ser especial na parte defensiva, principalmente pressionando quem está com a bola nas mãos. Como Jalen Suggs, ele também atuou como quarterback (futebol americano) no colegial. Por isso, tem uma base sólida, agilidade e força física necessárias para conter as infiltrações do adversário. Por fim, vale dizer que Davis é um reboteiro de elite, acima da média para alguém da posição. Entretanto, ele precisa ser mais consistente arremessando do perímetro, e se aperfeiçoar como ball-handler e passador.

Keegan Murray (PF, Iowa, sophomore, 21 anos, 2,06m, 102kg)

Em termos de números, Keegan Murray talvez seja o grande destaque da temporada do College. Terceiro cestinha da NCAA, o ala-pivô é o destaque do bom time de Iowa. Além da versatilidade ofensiva (pontua de todos os cantos da quadra), Murray se destaca na parte defensiva, sobretudo pelo bom posicionamento em quadra e entendimento do jogo. Ele é um reboteiro de elite e tem um ótimo timing para contestar e bloquear arremessos. Acima de tudo, é um stretch four (ala-pivô que espaça a quadra) muito qualificado. No entanto, precisa ganhar força física para ser um eficiente small-ball five (pivô em formações mais baixas) na NBA. A grande dúvida em relação a Murray é se ele vai se destacar como defensor no nível profissional.

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