Fonte: Ezra Shaw / AFPO Sacramento Kings pôs fim a maior seca da história dos playoffs da NBA e, agora, a ‘tocha’ foi passada para o Charlotte Hornets. A franquia comandada por Michael Jordan, afinal, não disputa a pós-temporada desde 2016. Na época, a equipe brilhava nas mãos de Kemba Walker e teve uma campanha de 48 vitórias e 34 derrotas.
Naquele ano, a equipe vinha de uma temporada ruim, mas contava com a ascensão do camisa 15. Tanto que Kemba, pela primeira vez, passou da média de 20 pontos por jogo. Além disso, ele tinha boa companhia ofensiva, com outros cinco jogadores registrando mais de dez pontos por jogo.
Com isso, o Hornets teve o nono melhor ataque da NBA naquela temporada. Isso porque, terminou a campanha com um offensive rating de 106.4.
Coincidentemente, a defesa, também, registrou o nono melhor defensive rating, com 103.7. Portanto, o Hornets era uma das seis equipes que faziam parte do top 10 nas duas estatísticas.
Outro diferencial do time de Michael Jordan foi o fator casa. Tanto que a franquia foi a terceira melhor mandante do Leste, com 30 vitórias e 11 derrotas. Apenas Cleveland Cavaliers e Toronto Raptors, melhores campanhas da conferência, tiveram desempenho melhor em casa.
Em contrapartida, fora de casa, Charlotte não conseguia manter um desempenho tão bom. Entre as franquias do Leste que avançaram a pós-temporada, foi a de pior campanha como visitante.
E foi justamente isso que eliminou o Hornets ainda na primeira fase do playoffs. Em série disputadíssima contra o Miami Heat, a franquia perdeu o sétimo jogo de lavada, por 106 a 73, fora de casa, na partida que ficou marcada como a última da história de Charlotte na pós-temporada.
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Anos seguintes
Nos anos seguintes, o time não conseguiu manter o bom nível e amargou campanhas negativas. Mesmo com Walker acumulando seleções ao All-Star Game, o rendimento dos coadjuvantes, como Nicolas Batum, Jeremy Lamb e Michael Kidd-Gilchrist, foi caindo, em comparação a temporada 2015/16.
O francês, por exemplo, foi de uma média de 14.9 pontos para 3.6, em 2019. Kidd-Gilchrist, por sua vez, perdeu o status de futuro all-star e se transformou em um eterno bancário, até que deixou a NBA em 2020.
Com isso, a franquia perdeu os atrativos e não conseguiu manter sua principal estrela. Kemba, então, na pré-temporada de 2019, deixou Charlotte e assinou com o Boston Celtics. Como seu antigo time, não conseguiu manter o nível e, atualmente, é um jogador mediano.
Atualmente
Sete anos depois da última pós-temporada, o Hornets segue sem grandes expectativas de retornar. A equipe conta com uma estrela em ascensão em Lamelo Ball e tem bons nomes, como Miles Briges e Terry Rozier.
Ainda assim, é considerada uma equipe ‘sem rumo’, pouco desejada por grandes jogadores e tem dificuldade até para assinar com treinadores. Tanto que Kenny Atkinson preferiu seguir como auxiliar do Golden State Warriors, em vez de se arriscar no Hornets.
Até Jordan, proprietário majoritário da franquia, pretende vender grande parte das suas ações.
Com isso, o time amarga uma dura 14ª posição no Leste, com uma campanha de 51 derrotas e apenas 26 vitórias.
Se as coisas não mudarem rapidamente, é difícil imaginar que Charlotte retorne aos playoffs nos próximos anos. Quem sabe até tome o título de maior ‘seca’ da história, que ainda pertence ao Kings.
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