Em seleto grupo, Zarif usa título mundial como trunfo para Tóquio

Ao lado de Guilherme de Almeida, brasileiro subiu ao topo do pódio no Mundial de Star, classe não olímpica, no sábado, em Oxford (EUA). Agora, precisa buscar a vaga olímpica

Jorge Zarif e Guilherme de Almeida
Jorge Zarif e Guilherme de Almeida comemoram o título mundial de Star (Foto: Divulgação)

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A temporada de 2018 de Jorge Zarif, uma das grandes esperanças da vela brasileira para Tóquio-2020 na classe Finn, vai terminar com festa. No último sábado, ele faturou ao lado de Guilherme de Almeira o título mundial de Star, em Oxford (EUA). A classe, que foi retirada do programa olímpico após Londres-2012, ainda é uma das mais prestigiadas no esporte. A dupla levou a melhor em seis regatas, com apenas 14 pontos perdidos. 

O feito amenizou a frustração do atleta pelo resultado abaixo do esperado no Mundial de Classes Olímpicas, que aconteceu em Aarhus, na Dinamarca, em agosto. Ele ficou na 18ª colocação na Finn e não garantiu uma vaga ao Brasil na próxima Olimpíada. No ano que vem, ainda terá outras duas oportunidades: uma no Mundial e outra em uma seletiva continental. 

Campeão mundial de Finn em 2013, Zarif faz parte de um seleto grupo de velejadores. Antes da conquista, ele já havia se tornado o velejador mais jovem a levantar a taça na classe olímpica, com apenas 21 anos.

Agora, com 26, se tornou o segundo mais novo a vencer o Mundial de Star. Só perde na diferença de meses para o alemão Alex Hagen, que também tinha 26 quando foi campeão, em 1981. Ser campeão do mundo nas duas classes também é para poucos. Até hoje, só quatro conseguiram.

– Foi muito importante. Uma realização pessoal enorme. Só quatro pessoas ganharam o Mundial de Finn e Star na história, então fico bem feliz de estar neste grupo. Mais jovem campeão mundial de Finn e segundo de Star. O Guilherme aprendeu a velejar com meu pai de Star, quando tinha 14 anos, então é legal demais poder ganhar este campeonato com ele – disse o brasileiro, ao LANCE!.

A experiência na Star, que exige maior competência tática e é caracterizada pelo trabalho em equipe, não é uma prioridade, mas ajuda na preparação.

– Velejar de Star ajuda na parte tática para competir na Finn, ainda mais em alto nível como foi o Mundial, mas fora isto, não. A Finn é minha prioridade e quando sobra algum tempo, tento competir de Star – afirmou o velejador, que pode ser confirmado como uma das atrações da Star Sailor League Finals, em dezembro, em Nassau, nas Bahamas.

A vela oceânica é um destino comum para os velejadores que se aposentam das classes olímpicas. Com Jorginho, não deverá ser diferente.

– Com certeza. Tenho tentado dar meus primeiros passos nestas duas classes, já tentando me preparar para um próximo momento da minha carreira.

Os noruegueses Elvind Mellby e Joshua Revkin, campeões em 2017, ficaram com a prata, e o brasileiro Arthur Lopes, ao lado do americano Paul Cayard, terminou com a medalha de bronze.

O Brasil manteve a tradição de vitórias no Mundial de Star. Alan Adler e Nelson Falcão, Torben Grael e Marcelo Ferreira, Robert Scheidt e Bruno Prada, e Lars Grael e Samuel Gonçalves, já foram campeões mundiais da categoria.

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