Pelé será ouvido como testemunha de defesa de Nuzman no final do mês

Embaixador da candidatura do Rio para receber os Jogos de 2016 adia seu depoimento por motivo de saúde. Propina paga a senegalês teria comprado quatro votos no COI, diz delator

Pelé se emociona ao carregar a tocha olímpica no Rio de Janeiro no ano de 2004
Pelé foi embaixador da candidatura do Rio para receber os Jogos Olímpicos de 2016 (Foto: AFP/RICARDO GOMES)

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Testemunha de defesa de Carlos Arthur Nuzman no caso que investiga a possível compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, Pelé será ouvido pelo juiz Marcelo Bretas no próximo dia 29 de maio. Inicialmente, ele pretaria depoimento na próxima segunda-feira, mas seu advogado pediu a mudança na data com a justificativa de que o cliente passa por um tratamento. A informação é do colunista Lauro Jardim, do "O Globo".

Pelé, de 77 anos, foi embaixador da candidatura da capital fluminense para receber o megaevento. Atualmente, ele mora em Santos, mas estaria passando pelo tratamento em Brasília nos últimos dias. O depoimento será dado por meio de videoconferência.

Pelé tem enfrentado problemas de saúde nos últimos anos. Desde 2012, o ex-jogador foi submetido a três cirurgias, uma no fêmur, outra no menisco e outra na coluna. Suas aparições públicas são cada vez menos frequentes.

A investigação da Polícia Federal, que teve início em parceria com o Ministério Público da França no ano passado, apontou indícios de que Nuzman teria atuado como ponte para unir o empresário brasileiro Arthur Soares e dirigentes com poder de voto na eleição sobre a sede olímpica.

Os trabalhos concluíram que foram pagos US$ 2 milhões em propina para o senegalês Lamine Diack, ex-membro do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Nesta sexta-feira, reportagem da "Folha de São Paulo" publicou que a propina paga a Diack comprou quatro votos no COI. A informação foi dada pelo economista Carlos Emanuel Miranda, apontado como o gerente da propina do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), em acordo de delação.

O advogado de Nuzman, João Francisco Neto, disse que a delação deve ser considerada "conversa de cadeia" e afirmou que ela não tem valor para incriminar o ex-presidente do COB e do Comitê Rio-2016.

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