Papo com Helio Castroneves: ‘Em Indianapolis para acelerar e pregar banner’

Piloto brasileiro fala sobre adiamento dos testes da IndyCar nos EUA

Castroneves em Indianapolis
Apesar do adiamento dos testes, Castroneves teve 'trabalho' em Indianapolis (Foto: Chris Owens/Penske Entertainment)

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Esta quinta-feira, 31, seria de muito trabalho em Indianapolis, mas amanheceu gelado por aqui. Por conta disso, a IndyCar transferiu o teste para amanhã, 1º, que promete ser um dia menos frio do que os cinco graus de hoje. Eu até já tinha feito uma coluna, mas resolvi atualizar porque, de repente, fiquei com mais tempo.

Antes de falar da atividade de pista, quero contar uma coisa legal que aconteceu aqui na quarta-feira. Um banner gigantesco foi colocado na entrada do Indianapolis Motor Speedway com a minha imagem, festejando a vitória no ano passado. O bacana foi que me chamaram para aplicar o último ponto de fixação e lá fui eu. Adorei a experiência.

O teste que seria hoje, mas ficou para sexta, não é no oval mais famoso do mundo. Nesse traçado centenário a gente vai andar nos dias 21 e 22 de abril.

Como o calendário do NTT IndyCar Series prevê duas corridas para o traçado misto, uma no dia 14 de maio e a outra em 30 de julho, eu e o Simon Pagenaud estamos aqui para testar nesse traçado de quase 4 km de extensão pela Meyer Shank Racing (MSR). Na verdade, estarão na pista também os carros da Andretti, McLaren e Juncos.

Como já comentei aqui com vocês, todo teste é importante. Não tem muito mistério: quanto mais a gente testa, mais condições tem de desenvolver um carro de corrida. Mas como essas oportunidades foram ficando raras por questões econômicas, o negócio é aproveitar cada segundo quando acontecem.

Apesar de nossa próxima corrida ser em Long Beach no dia 10 de abril, nada do que for desenvolvido nesta sexta-feira poderá ser usado na Califórnia. Em compensação, será de enorme ajuda para as corridas marcadas para esse traçado durante o ano.

Como não houve mudanças de regulamento do ano passado para cá, obviamente que a equipe tem os dados assinalados. Na prática, significa que já há um acerto básico, a partir do qual os pilotos se dedicam a fazer aquele acerto fino.

Mas não pensem que é só na pista que as coisas acontecem. Eu e o Simon estivemos segunda e terça na sede da equipe, em Ohio, para trabalhar no carro e já pensando no que vem pela frente. Aproveitei para fazer o banco, conversar com os engenheiros sobre estratégias e acertos, elaborar uma lista de itens que devem ser testados prioritariamente, entre outras coisas.

Mas além da expectativa do teste em si, as condições climáticas indicavam que poderiam influenciar bastante a atividade. Quando fui dirigindo de Ohio para Indiana, na terça, peguei muito frio e chuva. A previsão do tempo não era muito diferente para o dia 31. E não deu outra. De qualquer maneira, o aproveitamento vai depender muito do tempo que vamos encontrar no Indianapolis Motor Speedway.

Se estivéssemos falando em oval, o dia seria totalmente perdido se chovesse, mas como no misto não há esse impedimento, em tese não há problemas em testar com chuva. O problema nesse caso tem sido a temperatura. Isso acaba diminuindo o leque de opções para experimentar. Mas isso não é problema. O negócio é acelerar.

Grande abraço e até semana que vem.

*Hélio Castroneves, especial para o LANCE!

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