Duas ginastas dos Estados Unidos entraram com uma ação judicial contra a USA Gymnastics e o US Center for SafeSport, acusando as entidades de negligência em casos de abuso sexual. O processo, apresentado na segunda-feira (1), alega que as instituições não impediram os abusos cometidos pelo treinador Sean Gardner em uma academia de elite em Iowa, mesmo após receberem diversas denúncias.
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Gardner, que está preso desde agosto por evidências de produção de pornografia infantil encontradas em investigações federais, trabalhava na Chow's Gymnastics and Dance Institute, reconhecida por formar atletas de destaque internacional como as medalhistas olímpicas Shawn Johnson e Gabby Douglas.
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Detalhes do processo
As atletas afirmam que foram vítimas de abusos, que ocorreram principalmente em 2018, período em que o treinador teria aliciado menores de idade. Segundo o processo, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos e o órgão responsável pela segurança em esportes olímpicos foram informados sobre os "comportamentos inadequados e abusivos" de Gardner desde 2017, mas falharam em tomar medidas efetivas para proteger as ginastas.
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O processo aponta que, apesar das queixas, não foi realizada nenhuma investigação adequada. As credenciais profissionais de Gardner não foram revogadas e as autoridades não foram notificadas pelas instituições esportivas.
As provas que levaram à prisão do treinador incluem vídeos de câmeras escondidas que registravam as ginastas durante momentos como troca de roupa e alongamento. O julgamento de Gardner está marcado para janeiro de 2026, e ele se declarou inocente das acusações.
Até o momento, a USA Gymnastics e o US Center for SafeSport não se manifestaram publicamente sobre as acusações. As atletas reiteram que as entidades esportivas falharam em sua responsabilidade de protegê-las, mesmo tendo conhecimento prévio do comportamento inadequado do treinador.