Damian Lillard está próximo de ser jogador do Heat

Quanto mais o tempo passa, menos a direção do Portland Trail Blazers tem para barganhar

Damian Lillard jogador Heat Fonte: Sam Forencich / AFP

Por mais que a diretoria do Portland Trail Blazers negue conversas, Damian Lillard será jogador do Miami Heat na próxima temporada. Enquanto o Blazers faz o papel de blindar a negociação, o armador dá mais sinais de que não vai se apresentar em outra equipe no início de outubro. De acordo com o jornalista Shams Charania, do site The Athletic, Lillard não tem o menor interesse em jogar em outro time que não seja o Heat.

Ao mesmo tempo, a equipe da Flórida já está se preparando para fechar um negócio por Kelly Oubre, agente livre do Charlotte Hornets. E a ideia é que Oubre chegue ao Heat ao lado de Lillard. Ou seja, tudo se encaminhando para um desfecho.

É possível que tudo aconteça antes mesmo da fase de treinamentos. Segundo Charania, as diretorias de Blazers e Heat devem voltar a conversar oficialmente em cerca de duas semanas. Então, não existe a menor chance de uma segunda equipe aparecer com interesse no jogador. Lillard simplesmente não se apresentaria. Enquanto rumores apontavam que o Toronto Raptors poderia ser um destino, até por ter peças para uma troca, o armador teria olhos apenas para Miami.

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Mas supomos que a negociação não aconteça até o início da temporada, quais são as alternativas do Blazers? Vai querer manter mesmo um jogador do tamanho de Damian Lillard insatisfeito no elenco? É um enorme tiro no pé. Apesar de ele não ser James Harden (que chega muito acima do peso quando é contrariado), Lillard seria um enorme problema no vestiário. Ou será que Portland está confiante com a contratação da “super potência” Duop Reath vai fazer ele mudar de ideia?

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Na tarde de segunda-feira, várias matérias surgiram apontando que o pivô seria uma resposta ao astro. Mas… sério mesmo? Até é justo dizer que Reath é um bom jogador e que pode fazer um bom papel na NBA, mas sua experiência na liga é nula e ele seria, no máximo, um reserva para Jusuf Nurkic. Dormiu pensando em Draymond Green e acordou com um cara que nunca atuou na liga.

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Fora que tudo o que ele pediu ao Blazers, a direção fez exatamente o contrário. Lillard solicitou que a equipe trocasse as escolhas de Draft para ter um elenco melhor e a resposta foi bem clara quando Portland não o fez. Então, não existem motivos para ele ficar, já que seu objetivo é terminar a carreira com um título. E pelo Heat.

Por outro lado, é justo dizer que a diretoria está em seu direito. Agora, quem paguem seu valor.

Certo?

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Aí tem um problema de interpretação por parte de Joe Cronin, GM da equipe. Lillard pediu troca e para um lugar específico. Ou seja, seu valor despenca imediatamente. Ele não vai receber um astro na negociação. É só ver o que o Brooklyn Nets conseguiu por Kevin Durant e Kyrie Irving. Ou então, o que o Utah Jazz levou por Rudy Gobert e Donovan Mitchell. Embora Mikal Bridges (troca de Durant) e Lauri Markkanen (troca de Mitchell) sejam ótimos jogadores, o Heat oferece Tyler Herro. E, por mais que Bridges e Markkanen estejam em um outro patamar hoje, na época da negociação era algo similar a Herro.

Ou alguém vai dizer que o finlandês já era um All-Star quando chegou ao Jazz? Alguém cravaria que Bridges faria números ofensivos de um astro? A resposta é simples e com duas palavras: não mesmo.

O que falta para Damian Lillard ser jogador do Heat?

Número um: boa vontade das duas partes. Todo mundo sabe que Damian Lillard não vale apenas Tyler Herro. É óbvio que não. Mas aí, o Miami Heat, entendendo que o Portland Trail Blazers está sem saída, fica tentando empurrar o tal “muito abaixo do valor real”. Portanto, o Heat tem que dar diversas escolhas de Draft, jogadores jovens talentosos, o que for para bater salário e Herro. Mas quem são os outros?

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Número dois: Miami tem que mandar caras como Nikola Jovic, que fez um bom Mundial de Basquete, Jaime Jaquez Jr, além de Duncan Robinson. Lillard receberá US$45.6 milhões em 2023/24. Portanto, Robinson precisa ir para bater os valores.

Por fim, quatro escolhas de Draft de primeira rodada (2024, 2026, 2028 e 2030).

É tudo o que um jogador como Damian Lillard vale na troca para o Heat? Não, mas de Miami, é o melhor que Portland pode receber.

Eventualmente, pode entrar um terceiro time na jogada, como Brooklyn Nets ou Dallas Mavericks. De acordo com o jornalista Dalton Trigg, do site Sports Illustrated, Dallas poderia fazer parte da coisa toda. Assim, Tim Hardaway Jr e Richaun Holmes iriam para Portland, enquanto Herro jogaria no Mavs.

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Sentido, até faz. Os contratos de Hardaway e Holmes expiram em duas temporadas, tempo suficiente para o Blazers abrir espaço em sua folha salarial. Enquanto isso, Scoot Henderson vai ganhando experiência.

Mas ao mesmo tempo, é bom para o Mavs, que ganha um terceiro cestinha.

Troca não deve demorar

Vamos por partes. O Heat quer Lillard e o armador só deseja jogar lá. Portland está sem poder de negociação, já que existe a exigência de apenas um destino e o pedido partiu do jogador. Claro, se Cronin entende que quanto mais a coisa demora, mais Miami tem que pagar, aí o papo é outro. Mas olhando para o que a direção do Blazers fez até aqui, dá para acreditar que o time vai conseguir muito mais do que o que foi proposto?

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Sinceramente, é algo para se duvidar. Alguma outra equipe ameaçou ou, no mínimo, esboçou dar US$160 milhões por cinco anos a Jerami Grant? O Blazers tinha algum poder de negociação ou espaço em sua folha salarial para acomodar o salário de Draymond Green? A direção fez o que o melhor jogador da história de sua franquia pediu?

Se a resposta para as três perguntas for não, então Portland não deve conseguir mais do que o Heat ofereceu. No máximo, uns swaps (troca de posição no Draft) e olhe lá.

Com tudo isso, Damian Lillard só não será jogador do Miami Heat na estreia da temporada se o Blazers achar que tem alguma vantagem. E, agora, a gente sabe que não tem.

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