Sperry e Walter Mattos celebram 30 anos da parceria que revolucionou o jiu-jitsu no RS

Programa que desenvolveu o jiu-jitsu no estado brasileiro serviu de inspiração para os Emirados Árabes

(Foto: Divulgação)
Seminário marcou as três décadas da parceria (Foto: Divulgação)

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Essa quinta-feira foi de pura nostalgia para os velhos amigos Zé Mário Sperry e Walter Mattos, que se reuniram em Porto Alegre para um seminário especial em celebração aos 30 anos do início do projeto de desenvolvimento da modalidade no Rio Grande do Sul, implementado por eles no longínquo ano de 1992.

Juntos, Sperry e Mattos não só fundaram a antiga Sul Jiu-Jitsu, como também a primeira Federação de Jiu-Jitsu do Rio Grande do Sul, promoveram competições pelo estado, intercâmbio com lutadores do Rio de Janeiro, que eram os melhores da época, e acirraram rivalidades sadias para elevar o nível dos atletas da região.

"Essa parceria será perene", exaltou Walter Mattos. "É gratificante ver quantas pessoas a gente ajudou a colocar comida na mesa através do jiu-jitsu, quantos empregos foram gerados. Ontem (quinta-feira) foi muito especial. Vimos professores que se formaram através da nossa parceria e vimos filhos desses que começaram com a gente treinando, participando e dando início a uma nova geração".

"A semente que a gente plantou lá atrás está florescendo, gerando frutos", destacou Zé Mário Sperry. "São 30 anos de parceria, muitas lutas, obstáculos, desafios e, acima de tudo, muita alegria. Cravamos o jiu-jitsu no coração do Rio Grande do Sul e hoje o estado está aí respirando jiu-jitsu, vivendo o jiu-jitsu e exportando professores e campeões para todo o planeta".

Atual campeão mundial absoluto, Nicholas Meregali é gaúcho; assim como o único campeão mundial de jiu-jitsu, do ADCC e do UFC, Fabrício Werdum. O próprio Zé Mário Sperry já treinava no Rio Grande do Sul quando foi campeão peso e absoluto da primeira edição do ADCC, em 1998. Por falar nisso, vale destacar que Abu Dhabi, que hoje é uma das capitais do jiu-jitsu, sofreu uma forte influência desse programa.

"Sem dúvida nenhuma o modelo que implementamos no Sul do Brasil serviu de referência. Foi o modelo que eu tentei passar para o Sheik Tahnoon no início de tudo: academias, competições e intercâmbio. Depois eles tiveram a felicidade de tornar o jiu-jitsu obrigatório nas escolas, forças armadas, polícia e na guarda real", lembrou Sperry, que este ano será introduzido no Hall da Fama do ADCC.

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