‘Sensação’ no SFT Xtreme, Raphael Dengue mira título e projeta migração para o MMA: ‘Não tenho o que perder’

Com duas vitórias por nocaute no SFT Xtreme - que promove lutas de Kickboxing com luvas de MMA -, Raphael Dengue fala sobre sua carreira nas artes marciais e não descarta migrar para o MMA profissional em breve; veja a entrevista completa:

(Foto: Divulgação)
Raphael Dengue vem de duas ótimas vitórias no SFT Xtreme e já mira o cinturão (Foto: Eduardo Rocha/SFT)

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Considerado um dos grandes nomes do Kickboxing paulistano, tendo passagens por WGP e também Maximum Muay Thai, Raphael “Dengue” Silva está construindo uma trajetória de sucesso no SFT Xtreme, modalidade do SFT que consiste em promover duelos de Kickboxing com luvas de MMA. Até o momento, o lutador fez dois combates pela organização, diante de Nilton Fernandes e Cícero Evangelista, vencendo ambos por nocaute. Com experiência no Muay Thai, onde recebeu o kruang preto em 2017, o casca-grossa já mira o cinturão da franquia no Xtreme, tendo em vista que já lutou em duas categorias de peso diferentes.

Especialista na luta em pé, Raphael pensa em se estabilizar no SFT Xtreme e sonha com o título na modalidade, mas não descarta uma futura migração para o MMA, sobretudo pelo fato de que o SFT é uma das maiores franquias da América Latina nas artes marciais mistas.

- Os próximos planos visando minha carreira no SFT Xtreme são de pegar o cinturão e fazer algumas defesas de título. Estou trabalhando e treinando com uma galera, e eles querem que eu vá para o MMA. Eu não tinha interesse de ir para o MMA, mas agora, sim, vendo muita gente pedindo para eu ir, dizendo que o UFC me espera, eu vejo que não tenho o que perder se eu for. A partir do ano que vem, vamos iniciar o projeto para poder lutar MMA. Além disso, eu tenho interesse, sim, em estrear no MMA do SFT. Vamos, aos poucos, traçando os planos - projetou.

Veja a entrevista completa com Raphael Dengue:

– Como foi sua trajetória nas artes marciais até a chegada no SFT? Quais foram os principais momentos que você considera que viveu durante sua carreira? E os de maior dificuldade?

Minha trajetória começou em 2012. Nessa época eu fazia SENAI e assim que me formei em desenho técnico mecânico, entrei numa academia. Nunca tinha feito outro esporte além do futebol, mas um cara da minha vila era treinador de Jiu-Jitsu e uma vez me chamou para fazer um treino, em uma outra academia, daí fui e gostei. Recebi incentivos importantes na época e decidi entrar no esporte e, no mesmo ano, entrei no Muay Thai. Um dos treinadores viu potencial em mim, mudei de turma e passei a ter um aprendizado maior. Com três meses, consegui fazer minha primeira graduação de Muay Thai. Na minha luta de estreia, perdi por pontos e, depois dessa luta, conversei com meu atual treinador, porque meu antigo treinador tinha cometido uns ‘vacilos’. No final de 2013, depois da segunda graduação, passei a treinar com ele e na minha segunda luta, em 2014, ganhei por nocaute. Fiz mais algumas lutas, fui vencendo e, depois de um tempo, já fiz minha primeira disputa de cinturão e também venci. Com isso, fui passando a treinar cada vez mais para ser lutador e fui participando de eventos maiores no Muay Thai, até chegar ao SFT.

Depois que entrei no SFT, as coisas melhoraram muito, mas destaco algumas lutas que fiz antes e que são muito importantes para minha carreira profissional. Quando fiz minha estreia no WGP, em 2017, onde fui derrotado, e por vir do Muay Thai, senti muita diferença na questão das regras, da soma dos pontos, então eu estava lutando Muay Thai, enquanto meu adversário fazia Kickboxing. Depois disso, fiz um curso de regras e logo em seguida, lutei uma seletiva do WGP, onde fui campeão com quatro nocautes em cinco lutas, onde pude assinar com a organização. Venci minha primeira luta, mas não lutei mais pela organização. Com isso, fui para o evento Máximo Fight e fiz uma luta muito dura, de cinco rounds, com o Emerson Bolota, nas regras do Muay Thai, onde venci por pontos.

– Como tem sido sua trajetória no SFT desde que você passou a lutar pela organização? Como você avalia sua passagem até o momento?

Já me conheciam de outros eventos que participei e queriam que eu lutasse no SFT e, quando passei a conhecer o evento, vi que era uma boa organização. Em janeiro, fiz minha estreia no SFT 21, contra o Nilton Fernandes, onde pude vencer por nocaute no primeiro round e foi algo muito maior do que eu esperava. Depois disso, minha visibilidade aumentou muito, passei a ter mais recursos e apoio de empresas e pessoas para me manter firme. Agora, acabei de fazer minha segunda luta no evento, diante do Cícero Evangelista. Já tinha lutado contra ele, em 2019, onde pude vencer na final de um GP, e no último sábado (21), consegui nocautear ele em uma luta muito dura. Para mim, o SFT está sendo a melhor coisa, vivo minha melhor fase na vida. Espero seguir nesse ritmo e disputar o cinturão, já que sou o primeiro da categoria.

– Como é para você lutar na modalidade do SFT Xtreme, que reúne lutas de Kickboxing com luvas de MMA? Pensa em migrar para o MMA?

Lutar o Kickboxing com luva de 12 ou de 4 onças não faz a menor diferença, a única coisa que muda é que o risco, para mim, é maior, de entrar um golpe mais forte e me cortar, ou de bater no chão e não levantar mais, mas até agora não recebi tantos golpes que me fizessem pensar o contrário (risos). Eu iniciei no Jiu-Jitsu, fui para o Muay Thai, onde estou até hoje, me formei faixa-preta 1º Dan de Kickboxing em 2018 e em 2017 peguei o kruang preto de Muay Thai. Estou trabalhando e treinando com uma galera, e eles querem que eu vá para o MMA. Eu não tinha interesse de ir para o MMA, mas agora, sim, vendo muita gente pedindo para eu ir, eu vejo que não tenho o que perder se eu for. A partir do ano que vem, vamos iniciar o projeto para poder lutar MMA. Além disso, eu tenho interesse, sim, em estrear no MMA do SFT. Vamos, aos poucos, traçando os planos.

– Quais são seus próximos planos visando sua carreira no SFT Xtreme?

Os próximos planos visando minha carreira no SFT Xtreme são de pegar o cinturão, mas não tenho adversário para isso ainda, então é um plano para o ano que vem. No início do ano, quando fiz minha primeira luta, fui de peso-leve, e na minha segunda luta, fui de meio-médio. Quero ganhar o cinturão, fazer algumas defesas de título e, se aparecer oportunidade no exterior, vamos pra cima. Na Ásia, tem o ONE Championship, que realiza lutas de Kickboxing com luvas de 4 onças, então seria bom. Estou disposto a enfrentar qualquer novo desafio, porque não tenho nada a perder, e se der certo, vai ser ótimo.

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