A Polícia Federal (PF) iniciou, na manhã desta quinta-feira (13), a terceira fase da operação "Fake Agent", no estado do Rio de Janeiro, que tem como objetivo investigar um esquema de saques irregulares do FGTS de atletas e técnicos de futebol.
+ Operação da PF ataca fraude de R$ 7 milhões que atingiu Gabriel Jesus e outros craques
A atual etapa tem como alvos três bancários suspeitos de facilitar as movimentações ilegais. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços na Tijuca, Ramos e Deodoro, além de uma agência da Caixa Econômica Federal no Centro do Rio de Janeiro.
Entre os atletas afetados, aparecem nomes como Paolo Guerrero, ex-atacante de Corinthians e Flamengo; Gabriel Jesus, do Arsenal; Ramires, ex-Seleção e Cruzeiro; entre outros.
Queixas de ex-jogadores e técnicos de futebol
O treinador Oswaldo de Oliveira foi o primeiro a denunciar o caso publicamente, alegando que a advogada reteve mais de R$ 3 milhões referentes a ações trabalhistas movidas contra Corinthians e Fluminense. Segundo o técnico, Joana reconheceu em um acordo judicial de novembro de 2024 ter recebido e não repassado os valores, mas não cumpriu a devolução prometida.
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Investigação sobre FGTS começou após alerta de banco à PF
O caso veio à tona em 2024, quando uma instituição financeira privada denunciou à PF a suspeita de abertura de contas falsas em nome de atletas. Um dos episódios envolvia o atacante Paolo Guerrero, ex-Flamengo, Corinthians e Internacional, cujo nome teria sido usado para movimentar cerca de R$ 2,2 milhões.
A partir daí, a PF descobriu uma rede de fraudes e transferências irregulares, que teria movimentado aproximadamente R$ 7 milhões entre 2022 e 2024. O esquema seria coordenado pela advogada Joana Costa Prado de Oliveira, que contava com o apoio de funcionários bancários para realizar os saques.
A operação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, com apoio da área de inteligência da Caixa.