Brasileiro e Carioca no mesmo fim de semana? Presidente da Ferj afirma ser possível: ‘Clubes têm elenco’

Em live nesta sexta-feira Rubens Lopes volta a frisar que Estadual será 'decidido no campo', e avalia os rumos para quando a competição puder retornar

Rubens Lopes - Live Tv FERJ
Dirigente diz que clubes estão com conversas frequentes com Ferj em busca  da volta (Foto: Reprodução/YouTube)

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A retomada do Campeonato Carioca será feita de maneira cautelosa em meio aos desafios da pandemia do novo coronavírus. Em "live" na qual respondeu a perguntas de diversos veículos de comunicação nesta sexta-feira, o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, evitou projetar uma data de retorno da competição estadual, mas garantiu:

- Estamos prontos para um recomeço e se condições forem determinadas, serão seguidas de maneira uniforme por todos os clubes. Somente as autoridades governamentais podem estabelecer quando retornará a competição. Esperamos que seja o mais breve possível.

Em seguida, o dirigente ratificou que o cronograma do Estadual não sofrerá alterações.

- Não importa que seja em maio, junho, julho...  O Carioca vai acabar dentro de campo. Esta foi uma decisão da qual a FFERJ participou e que foi, na verdade, decidida por unanimidade entre os clubes - afirmou.

O mandatário acredita que, em virtude da pandemia, os próximos jogos da competição sejam realizados com portões fechados.

- Esta é minha percepção no momento, pois estamos com dificuldade até mesmo para reiniciar (o Estadual). O número de pessoas nos estádios tem de ser extremamente pequena, por isto, penso que não pode ocorrer tão cedo a presença de público - declarou.

Além disto, ele valorizou uma contribuição da entidade aos clubes de menor investimento.

- Como o campeonato foi suspenso por tempo indeterminado, aqueles que fizeram contrato de três meses estão com retorno incerto. Não teria sentido a obrigatoriedade dos clubes realizarem um novo contrato de três meses. Isso iria onerar ainda mais os clubes. A Federação expediu um ofício para a presidência da República pedindo uma MP que ajude todos os clubes de menor investimento do país - destacou.

Rubens Lopes não descarta que o Carioca seja disputado simultaneamente com outras competições e haja um intervalo menor no calendário.

- O prazo está ficando curto e vamos achar a solução. Não queremos de forma nenhuma que o Carioca seja mutilado, desfigurado. Ele vai seguir no seu formato, a não ser que os clubes pensem diferente. Pode acontecer de um intervalo mais curto entre os jogos. Tem um jogo no sábado no Brasileiro? Tem domingo no Estadual! Os clubes têm elenco para isto. Estes intervalos curtos já aconteceram no Campeonato Baiano, por exemplo. 

O cartola também detalhou as medidas de prevenção no combate à COVID-19 entre os participantes do Campeonato Carioca. Segundo Rubens Lopes, a Ferj prezará pela segurança com os envolvidos nos jogos. 

- O protocolo médico elaborado e debatido por mais de 30 médicos, todos os clubes participaram disso, com uma consultoria de um grande infectologista da UFRJ, está claro e caracterizado que todos os testes... Ou seja, esse protocolo não é para apenas atletas, mas para cobertura, proteção e segurança de todos que venham a estar inseridos. Atletas, gandulas, porteiros... o que posso tiver que será um numero reduzido, colocado para 40 no início. Mas os protocolos serão para todos - afirmou.

 Um dos passos será o kit de testes para serem realizados em atletas e não-atletas dos clubes durante os treinos.

- Estes kits advêm de testes aprovados pela Anvisa e por autoridades de saúde. Trata-se de um teste muito simples, de sangue capilar. Técnicos de enfermagem que estão aptos a fazer esta leitura nos ajudarão neste momento - afirmou.

Rubens Lopes indicou que deve haver outras medidas durante a realização de jogos.

- Acredito que pessoas envolvidas nas partidas e que não farão nenhum esforço físico, como é o caso de gandulas, devem usar máscaras de proteção no decorrer das partidas.

Outra novidade deve ser entre os relacionados. A tendência é que cada técnico tenha menos reservas à sua disposição a cada jogo.

- A recomendação é de evitar uma aglomeração, uma proximidade... O melhor caminho deve ser a distância entre os reservas. Não acho que vá interferir tecnicamente em campo - acredita. 

O dirigente ressaltou que segue em contato frequente com os representantes de todos os clubes envolvidos na disputa do Campeonato Carioca. Segundo ele, há uma forte mobilização pelo consenso. 

- Não estamos em um cabo de guerra. A busca tem de ser pelo consenso e todos têm um mesmo objetivo. Existem divergências sobre qual caminho deve ser melhor. Já fizemos um protocolo destinado ao retorno de atividades de treinamento e, quando voltarem os jogos, aí sim, retomaremos a busca pelo trabalho com segurança - declarou.

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