Câmara apresenta soluções e tentará convencer Crivella a manter Everest

Políticos e clubes pequenos do Rio de Janeiro se mobilizam para evitar fim do tradicional campo, e prometem encontro com o prefeito. Clube diz confiar em resultado favorável

Exclusiva Everest
Campo do Everest é alvo de projeto da prefeitura. Clubes e políticos tentam evitar (Foto: Davi Fernandes/Lancepress)

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Em audiência na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, um grupo de políticos apresentou dez opções de locais no entorno do Parque Everest, comunidade do Complexo do Alemão, que podem receber prédios do "Minha Casa Minha Vida" no lugar do campo do tradicional Everest. O plano do prefeito Marcelo Crivella (PRB) é destombar o terreno e erguer moradias na sede do clube.

O prefeito anunciou em março a intenção de acabar com o campo para abrigar cerca de 400 famílias em situação de risco de desabamento na região. Mas a lei municipal 3.372/2002, que protege os campos de futebol e clubes em extinção, impede construções e a descaracterização do espaço.

A prefeitura, então, encaminhou à Câmara o Projeto de Lei Complementar 62/2018, que tira o Everest da proteção, e enviou ao clube a notificação. Também fez cobranças de débitos municipais e exigiu a desocupação do local em 30 dias. O prazo foi encerrado na última quarta-feira. Agora, os dirigentes esperam uma mudança de planos do prefeito.

– Foram mais de 100 pessoas para apoiar. Todas ao lado do Everest. Acho que o resultado será favorável – disse Célio de Oliveira Costa, diretor de patrimônio do Everest, ao LANCE!.

Participaram do encontro membros da Comissão e Esportes e Lazer - os vereadores Felipe Michel (PSDB), Ítalo Ciba (Avante) e Luiz Carlos Ramos Filho (Podemos) -, o deputado federal Otávio leite (PSDB), o presidente do Everest, Marco Vieira Mendes e outros dirigentes.

A Comissão prometeu agendar uma reunião com Crivella para tentar convencê-lo de utilizar algum dos terrenos apresentados. Ainda ficou de encaminhar à RioÁguas um requerimento solicitando a dragagem e limpeza do Rio Timbó. Ele precisa ser dragado, pois transborda com frequência. A água invade casas e causa estragos no campo. O clube afirmou ter gastado R$ 5 mil para limpar o gramado após as fortes chuvas do mês passado. 

A audiência contou com representantes de outros clubes pequenos, como Vila Isabel, América, Monte Líbano, Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e de torcidas organizadas.

A justificativa da prefeitura para levar adiante a ideia de derrubar o campo do Everest é que o terreno foi ocupado de maneira irregular. O argumento consta na notificação enviada ao clube no dia 12 de março deste ano.

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