A camisa que o Boca Juniors lançou ao céu durante a homenagem ao técnico Miguel Ángel Russo foi encontrada em território uruguaio, mais de três semanas após o tributo realizado em La Bombonera. O item, com a inscrição "1956 - infinito" nas costas, apareceu em um campo da localidade de Cañada Nieto, no departamento de Soriano, região que abriga cerca de 420 habitantes.
A descoberta foi revelada pelo jornalista Pepe Temperan, que publicou nas redes sociais imagens da camisa acompanhada dos balões azuis e amarelos já murchos. Segundo ele, o objeto foi localizado por um jovem agricultor que trabalhava na zona rural.
— Ele entende o valor sentimental da peça e estuda devolvê-la ao Boca Juniors, possivelmente por meio de Edinson Cavani — contou o repórter.
Da Bombonera a Soriano
O gesto que emocionou os torcedores do Boca ocorreu em 18 de outubro, na partida contra o Belgrano, poucos dias após a morte de Russo, em 8 de outubro. Durante o pré-jogo, o clube exibiu um vídeo com os momentos mais marcantes do treinador e, em seguida, o capitão Leandro Paredes e o auxiliar Claudio Úbeda soltaram a camisa em meio a balões coloridos. Veja a homenagem abaixo:
A peça viajou cerca de 179 quilômetros até o Uruguai, tornando-se símbolo de um dos tributos mais comoventes da história recente do Boca. Russo foi o último técnico a conquistar a Copa Libertadores pelo clube, em 2007, e teve três passagens pelos xenenzies.
Além da homenagem em campo, o Boca personalizou uniformes com a imagem do treinador e exibiu faixas e mensagens em sua memória. Parte das cinzas de Russo foi depositada em La Bombonera, cumprindo seu desejo de descansar nos estádios mais marcantes de sua carreira.
Relembre Miguel Ángel Russo
O treinador Miguel Ángel Russo, do Boca Juniors, faleceu no dia 8 de outubro, aos 69 anos, por complicações de um câncer de próstata. Após ter uma carreira de 13 anos como volante do Estudiantes, entre 1975 a 1988, Russo se tornou treinador em 1989, no Lanús. Durante a jornada, teve passagem por diversos clubes sul-americanos, principalmente na Argentina. O primeiro trabalho de destaque foi no Vélez, por onde conquistou o Campeonato Argentino de 2005. Em 2007, assumiu o comando do Boca Juniors pela primeira vez e, no clube Xeneize, venceu a Copa Libertadores da América daquele mesmo ano, ao superar o Grêmio por 5 a 0 na soma dos dois jogos.
Ao sair do Boca, Miguel voltou a rodar a América do Sul, com títulos no Millonarios-COL e no Rosario Central, e até mesmo uma passagem breve na Arábia Saudita, no Al-Nassr. O treinador teve outras duas passagens no Boca Juniors, em 2020, na qual venceu o Campeonato Argentino pela segunda vez na carreira, e esta última, na que esteve à frente da equipe no Mundial de Clubes.
📲 De olho no Lance! e no Futebol Internacional. Todas as notícias, informações e acontecimentos em um só lugar.
➡️Siga o Lance! no Google para saber tudo sobre o melhor do esporte brasileiro e mundial