Richarlyson revela conselhos contra a intolerância para a amiga Tifanny, primeira trans no vôlei do Brasil

Jogador do Noroeste/SP ainda comentou sobre o preconceito fora dos gramados, que na opinião dele é maior que dentro do esporte por ser tratar de algo mais global

Richarlyson e Tiffany
Richarlyson comentou amizade com Tifanny (Fotos: Bruno Freitas/EC Noroeste & Divulgação)

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Após uma curta passagem pelo América/RJ, Richarlyson acertou sua ida para o Noroeste/SP, para jogar a série A3 do Paulista. Em entrevista do 'GE', o jogador mais uma vez falou de vida pessoal e de preconceitos. Durante a entrevista, ele detalhou um conselho dado para a amiga Tifanny, jogadora de vôlei trans do Bauru, que costuma receber diversos ataques por causa da opção sexual.

- A gente se tornou amigo porque o ano passado eu trabalhei como sparring de ataque no Sesi-Bauru. Dei um abraço nela e falei para ela: 'independentemente daquilo que pensem, que falem, seja sempre você. Acho que o mais importante é você estar feliz com a sua pessoa, é você estar feliz com a sua decisão e, com certeza, isso vai ajudar não só na vida pessoal, mas também mostrar para as pessoas que de certa forma duvidam que você pode ser quem quiser dentro das leis' - relembrou.

– Elas vão insultar você, vão fazer de certa forma sair do seu equilíbrio para desestabilizar. Só você pode, mais ninguém, nunca espere, mesmo que seja da sua família, nunca espere. Espere sempre de você e vá correr atrás daquilo que você quer - concluiu.

Richarlyson ainda comentou sobre o preconceito fora dos gramados, que na opinião dele é maior que dentro do esporte por ser tratar de algo mais global.

- Acho que fora de campo é bem mais amplo, tem mais arestas para serem aparadas. É aquilo que a gente tava conversando, tem social, religioso, tem sexual, enfim, muitas coisas, mas acima de tudo o maior preconceito mundial se chama a falta de empatia. E isso é um discurso que todos falam, mas poucos vivem infelizmente no século XXI - disse.

- A gente tem que debater assuntos que vêm desde 1900, 1800 e pouco, desde muito tempo que ainda não foram resolvidos. Então não sei se vai ser agora, se será na outra geração, mas espero que o mais rápido possível esses assuntos possam não ser mais pauta E, acima de tudo, a gente possa evoluir como ser humano e respeitando cada um na suas decisões - completou.

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