O jornalista Benjamin Back discordou do resultado do julgamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, e comparou com o caso de Vitor Roque, do Palmeiras. Nesta quinta-feira (13), o jogador rubro-negro foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no artigo 243-a, que prevê punição de até 12 jogos. No entanto, ele será multado em R$ 100 mil pelo artigo 191.
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Bruno Henrique estava sendo investigado por forçar um cartão amarelo e beneficiar apostadores na partida contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023. Já Vitor Roque ainda será julgado por uma postagem polêmica, após a vitória de virada no clássico contra o São Paulo, e pode pegar um gancho de cinco a 10 partidas no Campeonato Brasileiro.
Benja comentou sobre a punição aplicada ao atacante do Flamengo e disse que não duvida que Vitor Roque seja suspenso após sua postagem nas redes sociais. Segundo ele, os atletas não podem ser julgados pela camisa que eles vestem. Confira abaixo.
- E o Bruno Henrique foi absolvido. A força do Flamengo é gigantesca, né? Não duvido nada que o Vitor Roque seja suspenso por causa de uma postagem. O Dudu, quando estava no Palmeiras também, tomou dois jogos de suspensão por causa de uma postagem. É triste. Vai ter um monte de gente que vai dizer que é mimimi. Não é questão de choro, é questão de justiça. As pessoas não podem ser julgadas pela camisa que elas vestem - disse o jornalista.
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Como foi o caso de Bruno Henrique
Marco Aurélio Choy, auditor que pediu vista do processo, participou da sessão remotamente. Em seu voto, ele explicou que não há evidência de cooptação de Bruno Henrique. Além disso, detalhou que a situação do jogador do Flamengo é distinta de outros casos recentes de manipulação esportiva.
Choy também garantiu que Bruno Henrique não se enquadra no no artigo 243-a do CBJD, que prevê punição de até 12 jogos.
— Diferente de outros casos já investigados, este episódio não apresenta indícios de que o atleta tenha recebido pagamento ou tenha sido diretamente pautado por apostadores. A apuração aponta apenas o compartilhamento de uma informação estratégica: a de que Bruno Henrique pretendia forçar um cartão amarelo para cumprir suspensão e, assim, ficar à disposição em uma fase decisiva do campeonato — disse o auditor Marco Aurélio Choy.
— Segundo as investigações, a informação foi repassada por Bruno Henrique ao irmão, Wanderlunes Pinto Júnior, que teria usado o dado privilegiado para realizar uma aposta esportiva. A atitude do jogador, ainda que questionável, difere dos casos em que atletas foram cooptados por esquemas de apostas. Aqui, não há evidências de aliciamento nem de vantagem financeira direta, mas sim de um uso indevido de informação interna do clube — completou.
No artigo 191, Choy seguiu o mesmo voto do relator Sergio Furtado Filho, com a multa de R$ 100 mil.
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